“Estou muito feliz, é um sonho tornado realidade. Após quatro anos a estar tão perto e tão longe, finalmente consegui vencer. Estou muito feliz e sem palavras para o descrever”, disse hoje o ciclista português de 24 anos, pouco depois de triunfar no primeiro dia da terceira e última semana da 106.ª edição.
Almeida impôs-se a Thomas no final dos 203 quilómetros entre Sabbio Chiese e Monte Bondone, com os dois a cortarem a meta após 5:53.27 horas. O esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma) foi o terceiro, a 25 segundos.
Nas contas da geral, o português, que já liderava a juventude, subiu a segundo, a 18 segundos do britânico da INEOS, que recuperou a camisola rosa, enquanto Roglic é terceiro, a 29.
O ciclista de A-dos-Francos (Caldas da Rainha) ‘brilhou’ na edição de 2020, em que acabou em quarto e liderou a prova durante 15 dias, e em 2021 foi sexto, abandonando por covid-19 no ano passado, e por várias vezes esteve perto da vitória em etapa, que só chegou hoje.
Depois de a equipa ajudar a selecionar o grupo de favoritos, o português atacou a seis quilómetros da meta na ‘mítica’ subida a Monte Bondone, primeiro sozinho e depois com Thomas a juntar-se-lhe para isolar Roglic, acabando por bater o campeão da Volta a França em 2018 ao sprint.
“A equipa foi fantástica, fizeram um grande trabalho como sempre. Foi um dia muito difícil, com muito sobe e desce difícil para as pernas. No fim, sentia-me bem e arrisquei. Se não tentas, nunca descobres. Tentei e consegui, estou muito feliz e agradecido à equipa, família, namorada e a todos os que acreditam em mim”, declarou o português.
O líder da classificação da juventude, e segundo na geral, mantém a toada ofensiva, pelo menos no discurso, ao olhar para o que falta do Giro, até porque considera fazer parte do seu ‘ADN’ de corredor. "Tento sempre atacar, se me sinto bem. Luto sempre até ao fim”, garante.
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