Miguel Guimarães frisou que João Semedo teve importância em várias áreas que marcaram o caminho da saúde em Portugal nos últimos anos, destacando o testamento vital, o estatuto dos dados de sangue, a prescrição por denominação comum internacional e os direitos dos doentes.
"Teve intervenção em várias áreas, seja com projetos de decreto-lei ou colaborando nas leis que foram feitas e que marcam o caminho do que e saúde em Portugal nos últimos anos”, afirmou.
O bastonário disse igualmente que João Semedo “foi sempre um lutador, enquanto estudante de medicina, médico e político, e teve sempre como principio defender os direitos das pessoas com coragem e com o coração, de forma apaixonada e intensa”.
Miguel Guimarães acrescentou que o antigo coordenador do Bloco de Esquerda, médico de profissão, foi um grande defensor do Serviço Nacional de Saúde (SNS), recordando o livro que João Semedo publicou com António Arnaut – “Salvar o SNS” - a propósito da lei de bases da saúde.
“É um livro que espelha a sua visão sobre o estado atual do SNS”, afirmou o bastonário, acrescentando: “João Semedo fez o seu caminho sempre centrado no que são os direitos liberdades e garantias das pessoas. O projeto morrer com dignidade é um espelho da sua imagem de marca de defender as causas em que acreditava”.
João Semedo teve uma vida dedicada à atividade política nacional e internacional, às artes e à medicina, tendo mesmo sido um dos autores da nova proposta de Lei de Bases da Saúde.
Membro da direção do movimento cívico “Direito a morrer com dignidade”, João Semedo nasceu a 20 de junho de 1951, em Lisboa, cidade onde frequentou o Liceu Camões e onde se veio a licenciar, na Faculdade de Medicina de Lisboa, em 1975.
Depois de um longo percurso como médico e político, lançou em janeiro de 2018, em conjunto com António Arnaut, o livro “Salvar o SNS – Uma nova lei de bases da Saúde para defender a democracia”.
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