O presidente norte-americano, Joe Biden, manifestou-se hoje "indignado", mas "não surpreendido", com a notícia da morte do opositor russo Alexei Navalny, pela qual responsabilizou o homólogo russo, Vladimir Putin.

"Putin é o responsável. O que aconteceu e evoluiu é ainda mais uma prova da brutalidade de Putin. Ninguém deveria ser enganado, nem na Rússia, nem em casa, nem em qualquer lugar do mundo. Putin não visa apenas cidadãos de outros países, como vimos no que está a acontecer na Ucrânia neste momento, ele também inflige crimes terríveis ao seu próprio povo", referiu Joe Biden em declarações esta tarde.

Biden classificou Navalny como uma "voz poderosa pela verdade" mesmo a partir da prisão. "Não há dúvida de que a morte de Navalny é consequência de algo que Putin e os seus capangas fizeram", declarou.

Joe Biden disse ainda que Navalny "era tantas coisas que Putin não era" e que "pessoas em toda a Rússia e em todo o mundo estão hoje de luto".

"Ele foi corajoso. Ele tinha princípios. Estava dedicado à construção de uma Rússia onde existisse um Estado de direito e fosse aplicado em todo o lado, e a uma crença crescente de que a Rússia, tal como a conhecia, era uma causa pela qual valia a pena lutar", lembrou o presidente norte-americano.

De recordar que também a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, afirmou hoje que  a Rússia é “responsável” pela morte de Navalny, o que na sua opinião seria mais um sinal da “brutalidade” de Putin.

O opositor russo Alexei Navalny, um dos principais críticos de Vladimir Putin, morreu na prisão, segundo o serviço penitenciário federal da Rússia.

Navaly, 47 anos, estava numa prisão no Ártico, para cumprir uma pena de 19 anos de prisão sob “regime especial” por crimes alegadamente relacionados com a sua atividade política e, segundo aqueles serviços, sentiu-se mal depois de uma caminhada e perdeu a consciência.