De acordo com a revista VIP, José Castelo Branco já reagiu à reportagem do momento sobre a sua vida conjunta com Betty Grafstein, produzida pela revista norte-americana Vanity Fair, demonstrando-se “chocado” com alguns dos detalhes avançados, contou o comentador Adriano Silva Martins.

No programa de televisão “V+ Fama”, do canal V+ TVI”, o comentador António Leal e Silva disse também que o socialite “ficou bastante surpreendido e está bastante triste (…) Até porque a reportagem, era para sair de uma forma. (…) Por causa destes desenvolvimentos (…) saiu de outra”.

Ainda em conversa com Castelo Branco, este confidenciou-lhe a preocupação com Betty: “(…) continua em recuperação, mas completamente isolada. É totalmente controlada pelo filho (…) Mesmo os amigos do casal têm muita dificuldade (…) Alguns estão impedidos de ter acesso à Betty”.

O polémico artigo

Uma fotografia tirada, em março, na casa de Betty Grafestein e José Castelo Branco foi a capa de revista da norte-americana Vanity Fair esta terça-feira, partilhada na rede social Instagram. O título, que em português refere “A retorcida verdadeira história de amor de Lady Betty Grafstein e José Castelo Branco”, já aponta para o artigo polémico que os leitores podem encontrar.

Da autoria da jornalista Alice Hines, o artigo revela vastos pormenores da vida luxuosa e atribulada do casal, que aponta como sendo “estrelas ao nível das Kardashian em Portugal”, ao mesmo tempo que denuncia episódios de violência e de abuso físico e psicológico a Betty, testemunhados pela própria jornalista ainda antes dos dois serem um dos assuntos mais falados em Portugal.

José Castelo Branco, já bem conhecido dos portugueses, tornou-se “rei” dos diretos nas redes sociais durante a pandemia da covid-19. Através da interação com os mais curiosos, as visualizações aumentaram de dia para dia e as “lives”, sobretudo na rede social TikTok, tornaram-se rotina. Foi através de um destes diretos que, no final de 2023, a jornalista encontrou o "marchand".

Curiosa com o excentrismo da figura portuguesa, e depois de investigar um pouco sobre a sua história, descobriu o casamento com Lady Betty. Facto após facto, interesse e mais interesse. Para a jornalista ainda mais curioso eram os 35 anos de diferença entre o casal.

Alice Hines entrou em contacto com Castelo Branco, exatamente pelas redes sociais, e depois de demonstrar interesse em conhecer mais sobre o casal mediático foi recebida no apartamento alugado na East 62nd Street, “cinematográfico maximalista”, e na vida do casal.

Na publicação, a jornalista conta que o primeiro encontro entre todos aconteceu numa ida de Betty a um cirurgião plástico, onde a empresária se queixou da velocidade a que o socialite empurrava a sua cadeira de rodas pelas ruas de Nova Iorque.

Mais à frente, Hines relata que “várias vezes Castelo Branco tentou calçar um par de sapatos Chanel nos pés inchados de Betty. Ela fazia caretas e protestava com de ar de dor”. E entre estes foram vários os episódios excessivos em que a joalheira de 95 anos confessava querer estar “apenas sossegada”.

Já em março deste ano, o português telefonou à jornalista norte-americana, contando que iam voltar a Portugal. Mas antes da viagem, uma sessão fotográfica, a mesma que pintou a capa da revista.

No dia agendado, a jornalista deslocou-se ao apartamento, que descreve como uma verdadeira “desordem” de tamanha que era a confusão: cabides e caixas por todo o lado. Foi durante as breves horas que passou com o casal que se apercebeu que a vontade de Betty não era viajar até solo português, ao que José tirado gritado (e não respondido): “Estás a arruinar a minha vida!”.

O dia seguiu como se nada se passasse para José, menos para Betty e para… a jornalista Alice Hines, que investigou até onde podia.

Dos episódios às polémicas, na publicação é contada a história de vida do casal. Como e onde se conhecerem, a vida luxuosa e rotineira que levavam e a visibilidade internacional que atingiram, ao eles próprios se consideraram “ícones mundiais”.

A partir do momento em que Hines tomou conhecimento do património financeiro de Betty, e estranhando pormenores que “não batiam certo”, quis investigar a marca de joalharia Grafstein Diamond Corporation, que Betty herdou do ex-marido Albert Grafstein, e a origem da sua fortuna. Os dados encontrados foram, no entanto, poucos ou nenhuns, como explicou na reportagem de sua autoria. Mas ainda assim, conseguiu desmontar uma série “de mitos” à volta da fortuna, avaliada pela Forbes Portugal entre cerca de 23 milhões e mais de 92 milhões de euros, que afinal não é assim tão avultada.

Mais tarde, decidiu procurar o misterioso filho de Betty, Roger Basile. Em contacto com ele, a jornalista norte-americana ficou a saber que Lady Betty “não tinha um tostão” e que viveria com o apoio da Segurança Social, depois dos seus únicos bens (as roupas, as jóias e a disputada casa de Sintra) terem sido hipotecados.

Roger contou que a mãe cresceu numa vida simples, já que “os avós eram pessoas simples”, lembrando que os visitou “uma vez na sua pequena casa no campo”. Segundo ele, “o José gosta de glorificar tudo e de se exibir”. Já a mãe, cujo verdadeiro nome é Elizabeth Larner, nasceu no Reino Unido, em 1928, e foi adotada por Bertram Thomas Larner e Dorothy Cordelia Cheney, uma dama de companhia da rainha Maria, avó da rainha Isabel II, que lhe concedeu, ainda em bebé, o título de Lady.

Já após as acusações de violência doméstica contra José Castelo Branco se tornarem públicas, a jornalista procurou Betty, já regressada a Nova Iorque, de forma a confirmar o que já ela tinha presenciado meses antes. “Ele dava-me murros quando eu menos esperava (…) deu um murro na cabeça como se eu fosse uma bola de futebol”, confessou-lhe na altura.

Acusações contra José Castelo Branco

Recorde-se que, de 20 de abril a 4 de junho deste ano, Betty Grafstein esteve internada no Hospital CUF, em Cascais e em Lisboa, depois de ter dado entrada nas urgências devido a uma queda.

Durante os seus tratamentos, a Lady contou a médicos e enfermeiros que sofria de maus tratos por parte de José Castelo Branco. Denunciado ao Ministério Público pelos próprios funcionários do hospital, o socialite foi detido e, depois de constituído arguido pelo crime de violência doméstica, foi-lhe decretado o uso inicial de pulseira eletrónica e o afastamento da mulher.

Betty, que após as suas melhoras viajou até aos Estados Unidos da América, iniciou o processo de divórcio, que ao que tudo indica será litigioso, enquanto “Zé” não pode ausentar-se de Portugal.