A ex-chefe de Estado é acusada de suborno, abuso de poder, coação e divulgação de segredos oficiais, informou a agência Yonhap, citada pela Efe.
Park, que perdeu a sua imunidade presidencial após ser destituída a 10 de março, está em prisão preventiva há quase 20 dias pelo seu presumível papel na rede criada juntamente com a sua amiga Choi Soon-sil (conhecida como “Rasputina” pela sua proximidade com a ex-Presidente), que alegadamente extorquiu cerca de 70 milhões de dólares a grandes empresas.
O julgamento de Park deverá começar nas próximas semanas e poderá demorar até seis meses, durante os quais a ex-presidente ficará em prisão preventiva.
A procuradoria anunciou também ter acusado o presidente do Grupo Lotte, Shin Dong-bin, por supostamente dar à rede cerca de 7.000 milhões de wones (6,15 milhões de dólares), e acrescentou que não acusará o presidente do Grupo SK, Chey Tae-won, que supostamente se recusou a colaborar com o esquema.
O caso da “Rasputina” manchou os “Chaebol” (os grandes grupos empresariais sul-coreanos), entre os quais o maior do país, Samsung, cujo presidente, Lee Jae-yong, foi detido em fevereiro e está a ser julgado.
A acusação formal da ex-Presidente Park, que tem insistido na sua inocência em todos os interrogatórios, coincide com o início, também hoje, da campanha eleitoral para as presidenciais antecipadas, que se celebram a 09 de maio.
A procuradoria decidiu acelerar a acusação para tentar que a notícia influencie o menos possível a campanha.
Park Geun-hye foi a primeira chefe de Estado que a Coreia do Sul destituiu em democracia e estas serão as primeiras eleições presidenciais antecipadas desde que a junta do general Chun Doo-hwan autorizou a realização de eleições democráticas, em dezembro de 1987.
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