A Nestlé travou esta batalha por mais de uma década, tendo como principal opositor a rival Cadbury, da Mondelēz Internacional.
No entanto, o veredicto final é agora ditado pelo Tribunal Europeu de Justiça, que considerou que o formato das quatro barras de chocolate não é uma característica distintiva do KitKat e, portanto, não merece ser protegido dessa forma.
A decisão abre caminho para que outras marcas comecem a adotar um visual semelhante para os seus produtos.
O Tribunal Europeu de Justiça manteve assim a decisão já tomada por instâncias inferiores de que o formato do KitKat não é tão conhecido em todos os Estados Membros que mereça exclusividade de tratamento. O formado das "quatro barras alinhadas numa base retangular", como o tribunal o descreveu, não merece, assim, proteção face a eventuais cópias.
Esta saga começou em 2002, quando a empresa requisitou junto das autoridades europeias a proteção intelectual do design da marca KitKat. O estatuto foi atribuído, mas contestado pela Cadbury Schweppes, em 2007, dando início a uma batalha legal que durou 11 anos. A Mondelēz assumiu o caso quando comprou a Cadbury à Kraft.
À Mondelēz pertence também a marca de chocolates norueguesa, a Freia, que produz o Kvikk Lunsj, um chocolate composto por quatro barras e que é vendido desde 1937. O KitKat, por sua vez, foi lançado originalmente pela inglesa Rowntrees, em 1935.
Qual o melhor? É daquelas discussões Coca-Cola vs Pepsi. Só provando, e depende do gosto de cada um. Todavia, o britânico The Guardian fez um teste o ano passado, e o Kvikk Lunsj ganhou.
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