Antonio Palocci foi ministro em dois governos do Partido dos Trabalhadores (PT) tendo ocupado a pasta das Finanças no Governo do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e da Casa Civil na gestão da ex-Presidente Dilma Rousseff.
Palocci foi condenado por corrupção passiva por ter participado de fraudes em contratos da construtora Odebrecht com a petrolífera Petrobras na construção de 21 sondas, tendo sido também condenado por crimes de branqueamento de capitais.
A sentença foi feita pelo juiz Sérgio Moro, que tutela os casos de corrupção da Petrobras em primeira instância.
O juiz entendeu que Palocci movimentou milhares de dólares de empresas com sede em paraísos fiscais, abastecidas com dinheiro de subornos pagos pela Odebrecht, usado para cobrir custos das campanhas eleitorais do PT.
Sérgio Moro destacou na sentença que "a responsabilidade de um ministro de Estado [Antonio Palocci] é enorme e, por conseguinte, também a sua culpabilidade quando pratica crimes".
O ex-ministro já estava na cadeia desde o dia 26 de setembro do ano passado, quando foi preso na 35ª fase da operação Lava Jato.
Palocci negou sempre ter praticado qualquer crime, mas a imprensa brasileira tem noticiado que ele e seus advogados negoceiam um acordo de delação premiada (colaboração em troca da redução da pena) em que deve denunciar banqueiros e empresários do Brasil.
Na mesma sentença, foram condenados o empresário Marcelo Odebrecht, os empresários da área de marketing João Santana e Mônica Moura e outros nove réus relacionados no processo.
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