Em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, Francisco Rodrigues dos Santos disse que apresentará ao Conselho Nacional que se reúne esta noite um “compromisso eleitoral com 15 medidas-chave tendo em vista as eleições legislativas do próximo dia 30 de janeiro”, que serão “propostas de rutura com o socialismo”.
Este programa eleitoral, cujas linhas gerais serão hoje debatidas no órgão máximo do partido entre congressos, será coordenado por um conjunto de personalidades e contará também com a colaboração dos ex-presidentes do partido José Ribeiro e Castro e Manuel Monteiro.
O objetivo é apresentar o documento “aos portugueses até à primeira quinzena de dezembro”, indicou o líder do CDS-PP.
“Apresentamos também hoje aos conselheiros nacionais a possibilidade de se expressarem em liberdade sobre as orientações programáticas que acham que devem estar vertidas neste compromisso eleitoral do CDS. A partir daí, com as personalidades escolhidas, com os contributos que recolhermos do Conselho Nacional do partido, estaremos em condições para preparar a elaboração deste compromisso eleitoral, que decorrerá até ao final da primeira quinzena de dezembro”, indicou.
Na declaração aos jornalistas, o presidente centrista levantou um pouco ‘o véu’ ao que se pode esperar no programa e destacou algumas das propostas que quer que o CDS defenda nas eleições legislativas de 30 de janeiro, como “recompor o elevador social para que trabalhar compense, para que cada um possa subir na vida através do seu esforço e do seu mérito”, um “choque fiscal para reduzir impostos” e apoiar os jovens e os idosos.
O CDS quer também “aliviar o peso das empresas públicas no Estado, para que os portugueses não sejam constantemente chamados a pagar os impostos para satisfazer estes buracos que são deixados governo após governo, para que os recursos do Estado sejam alocados às funções de soberania que só o Estado pode exercer e para dignificar as Forças Armadas e forças de segurança”.
E ainda dar liberdade de escolha para as famílias escolherem as escolas que os filhos vão frequentar e “dar liberdade aos doentes para que possam escolher o hospital onde são tratados”.
O combate à corrupção é outro dos temas que o líder quer ver vertidos no compromisso eleitoral do CDS, através do levantamento de “todos os obstáculos políticos e legais” a esse combate, bem como a rejeição da “ideologia de género e o politicamente correto”, além de “todas as restrições à liberdade de expressão”.
Francisco Rodrigues dos Santos disse também que fará “questão de apresentar” o programa eleitoral ao Conselho Nacional “para que seja aprovado”.
“Não havia sequer esta obrigação legal, porque não decorre dos nossos estatutos essa mesma vinculatividade, mas no entanto acho que é de bom tom o líder do partido sufragar também a proposta política do CDS no órgão máximo entre congressos, que é o Conselho Nacional do partido”, defendeu.
O Conselho Nacional do CDS-PP – órgão máximo do partido entre congressos – reúne-se hoje a partir das 21:00, por videoconferência. Da ordem de trabalhos consta a discussão e votação dos critérios de designação dos candidatos às eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro, a votação de uma eventual coligação com o PSD no círculo eleitoral da Madeira e ainda a discussão das linhas do programa eleitoral do CDS-PP.
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