A discussão e votação dos critérios de designação dos candidatos às eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro é um dos pontos da ordem de trabalhos da reunião extraordinária do Conselho Nacional do CDS-PP, que se reúne hoje à noite, por videoconferência.
Na proposta da direção liderada por Francisco Rodrigues dos Santos, e à qual a agência Lusa teve acesso, compete à Comissão Executiva (órgão mais restrito da direção), depois de ouvidas as distritais, "propor os candidatos na primeira posição pelos 18 círculos eleitorais do continente; na segunda, terceira e quarta posições pelo círculo de Lisboa e na segunda e terceira posições pelo círculo do Porto”.
A proposta mantém os critérios adotados pela anterior direção, de Assunção Cristas, nas legislativas de 2019.
Segundo a proposta da atual direção, as estruturas distritais do partido deverão “propor e ordenar os restantes candidatos”, seguindo um "princípio de renovação, de abertura à sociedade e o respeito pelas regras da paridade".
De acordo com a proposta de critérios será também este órgão a “propor os candidatos pelos círculos da Europa e de Fora de Europa” e as listas devem “incluir um candidato da Juventude Popular”.
Já no caso dos círculos da Madeira e Açores, serão os respetivos órgãos regionais a propor os candidatos a deputados.
Depois de indicados os nomes, compete ao Conselho Nacional a aprovação das listas. A escolha deverá recair “sobre personalidades de reconhecido mérito e idoneidade, com ligação ao círculo pelo qual se candidatam, e que não se encontrem em situação de incompatibilidade, impedimento ou de inelegibilidade”.
Dos atuais deputados do CDS-PP, o líder parlamentar, Telmo Correia, Cecília Meireles e João Almeida anunciaram nas últimas semanas que vão deixar o parlamento no final desta legislatura.
Quanto ao compromisso eleitoral do partido, fonte da direção disse que será organizado em "15 medidas" e que serão "de rutura com o socialismo, que definem o partido e o distinguem dos outros”.
Fonte da direção indicou também à Lusa que o CDS-PP vai apresentar-se às eleições legislativas com um “compromisso eleitoral com 15 medidas-chave”, e que o Senado do partido vai colaborar na elaboração das medidas, destacando os anteriores presidentes Ribeiro e Castro e Manuel Monteiro, bem como o Conselho Estratégico e Programático, órgão consultivo constituído por várias personalidades, maioritariamente sem vínculo ao partido.
De acordo com a informação transmitida à Lusa, o programa eleitoral vai ser coordenado por “Teresa Nogueira Pinto (investigadora), Miguel Júdice (empresário), Nuno Pena (advogado), Margarida Gonçalves Neto (médica), Macieira Fragoso (almirante/ex-chefe do Estado Maior da Armada), Margarida Bentes Penedo (arquiteta), José Bento da Silva (professor universitário, doutorado em gestão), Pedro Telles (professor universitário, doutorado em economia e investigador do Banco de Portugal)l, Rahim Ahmad (gestor) e Filipe Osório de Castro (empresário)”.
Vão participar também na elaboração do compromisso eleitoral do CDS-PP Laurinda Alves (vereadora na Câmara de Lisboa), o médico Maia Gonçalves ou Nuno Correia da Silva (gestor e jurista), sendo esperado igualmente um “poderoso contributo” do Gabinete de Estudos do CDS-PP, dirigido por António Galvão Lucas.
Além dos critérios de designação dos candidatos a deputados, o Conselho Nacional de hoje vai discutir também uma eventual coligação com o PSD no círculo eleitoral da Madeira e ainda a as linhas do programa eleitoral que o CDS-PP vai apresentar às eleições legislativas.
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