“Honestamente, não sei porque temos de suspender, mas a lei, que já é de 1979, assim o diz. Por isso, que remédio. A lei tem de ser cumprida e vou suspender, não por vontade própria, mas por obrigatoriedade da lei e a Câmara de Cinfães será assumida pelo meu vice-presidente, Serafim Rodrigues”, explicou.
À agência Lusa, o socialista que preside à Câmara de Cinfães, no norte do distrito de Viseu, desde 2013, cumprindo assim o seu terceiro e último mandato, disse que se sente “honrado com o convite” e que irá “ajudar a fortalecer a candidatura” do PS.
“É um gosto e uma honra ter a confiança do meu partido para um lugar honroso, que eu escolhi. Tenciono dar força com o meu conhecimento e experiência para fortalecer a candidatura do meu partido”, disse.
Armando Mourisco adiantou que “não é possível acreditar que o PS vai eleger cinco deputados” no distrito de Viseu, “porque nunca aconteceu e, atualmente, nenhum partido o vai conseguir fazer, até porque há uma outra força política a crescer”.
No seu entender, “essa força política poderá eleger deputados, está tudo em aberto e, em bom rigor e usando de honestidade intelectual, partido nenhum do distrito de Viseu colocará cinco deputados” no Parlamento.
“Sou franco, não acredito que serei eleito. Escolhi o quinto lugar para ter uma janela aberta e, mais tarde, não sei em quanto tempo, poder servir o meu país através da Assembleia da República, mas acredito que o PS ganhará as eleições no país e no distrito”, defendeu.
Com “a devida modéstia”, disse que a quinta posição na lista por Viseu é para, com a sua “experiência política, ajudar a candidatura a ficar mais forte e mais coesa, sem que preveja a eleição e o abandono do cargo de presidente” do Município de Cinfães.
Neste sentido, assumiu que está “completamente convicto” de que irá continuar a exercer as funções de presidente da Câmara de Cinfães após as eleições em 10 de março.
“As decisões tomam-se na altura certa, perante as circunstâncias. Mas, honestamente, se tivesse de decidir já para tomar posse, renunciaria ao mandato, porque tenho o compromisso com os cinfanenses e ainda me falta concretizar coisas”, afirmou.
Portugal vai ter eleições legislativas antecipadas em 10 de março, marcadas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
As eleições vão realizar-se na sequência da demissão do primeiro-ministro, António Costa, em 07 de novembro de 2023, alvo de uma investigação do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça.
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