Rui Rio, que dedica o dia de hoje à visita de empresas no distrito de Santarém, no âmbito da pré-campanha eleitoral para as legislativas, afirmou que, embora defenda a privatização da empresa, se formar governo não vai perder o dinheiro que já foi colocado na companhia aérea, cerca de dois mil milhões de euros.

“Se eu agora não meter o que falta, perco tudo aquilo que lá foi metido”, o que seria uma “completa irracionalidade”, declarou, defendendo que se conclua a capitalização da empresa para, depois, “procurar encontrar alguém no mundo que queira comprar a participação do Estado” e assim “recuperar qualquer coisa”.

Salientando que a TAP acumula prejuízos ao longo dos anos, que têm vindo a ser pagos “por impostos dos portugueses”, Rio afirmou que, com o “abanão fortíssimo” sofrido pela empresa devido à pandemia da covid-19, teria optado pelo encerramento e, se houvesse interesse de privados, criar “ao lado, de raiz, uma companhia nova, como foi feito noutros países”.

“Agora, amanhã, ganho as eleições e tenho o dossier da TAP na minha mão. É evidente que agora não faço isso, porque já lá foi metido muito dinheiro”, declarou.

“O PS fez coisas boas, ficarão, fez coisas más, mudarão. Essa é má, mas não muda de uma forma radical ao ponto de eu prejudicar o interesse público só para aborrecer os antigos governantes do PS. Isso seria uma estupidez, não vou fazer isso”, afiançou.

Rio afirmou que, no debate com o líder socialista e atual primeiro-ministro, António Costa, na quinta-feira à noite, deu o exemplo do valor de IRC cobrado anualmente, 5 mil milhões de euros, para os “portugueses terem a noção da dimensão” do dinheiro que está a ser injetado na empresa.

Sobre a resposta da TAP ao exemplo que deu no debate de quinta-feira, da diferença do custo de um bilhete para S. Francisco (Estados Unidos) para quem embarque num avião da TAP em Madrid ou em Lisboa, com este a custar três vezes mais, Rio afirmou que a lei da oferta e da procura “não leva o Estado português a pingar anos, anos e anos para a TAP”.

Para o líder social-democrata, a empresa deve ter custos salariais e não salariais e programas de voos de acordo com a lei da oferta e da procura, “porque se acumula prejuízos não há cá lei da oferta e da procura, há o contribuinte a entrar com o dinheiro”.

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