Depois de passar pelo sul do país, em campanha, Quintino Moreira, que já ficou conhecido por promessas eleitorais como a criação de um milhão de postos de trabalho em cinco anos ou habitação para jovens com rendas mensais de 10.000 kwanzas (50 euros), visitou nos últimos dias alguns dos mercados populares de Luanda, reforçando a confiança para as eleições de 23 de agosto.
"Temos milhares de novos militantes e a prova disso é que hoje a APN é o partido que mais cresce e estamos já com mais de 650 mil membros desde que fomos legalizados há um ano e meio", disse o líder do partido e candidato à eleição, indireta, para Presidente da República.
Prometendo ainda construir três capitais em Angola - política, económica e turística -, Quintino Moreira, eleito na legislatura de 2008-2012 pela Nova Democracia, partido que também fundou e que foi extinto, afirma agora que a APN "vai surpreender", devido à "adesão popular diária".
A tónica do discurso do candidato junto dos eleitores centra-se, sobretudo, em mensagens de mudança e esperança, defendendo um equilíbrio político no parlamento angolano, face às maiorias obtidas pelo MPLA, partido no poder desde 1975.
"Para defendermos todos os segmentos da sociedade, desde vendedores informais, operários e sobretudo jovens que precisam organizar a sua vida, que precisam de emprego, estudos e melhores condições de vida e prosperarem", disse, durante o apelo ao voto.
O partido estreia-se em eleições gerais em Angola, mas o líder diz que há condições para chegar ao poder já nestas eleições, afirmando que as bases da APN são "sólidas".
Prova disso, diz, é que se prepara para viajar para as províncias do Moxico e do Bié, para participar na cerimónia de integração de mais de 250 novos membros, a apresentar publicamente, provenientes de outros partidos.
"A APN pode atingir o poder, com uma maioria simples nas eleições, porque temos eleitorado e povo que nos segue e continuamos a crescer de uma forma estrondosa. Estamos já a aprimorar os nossos quadros para poderem participar neste governo da juventude", rematou.
Comentários