“Esperamos que os aliados concordem na cimeira sobre um programa plurianual para ajudar a Ucrânia a fazer a transição dos padrões da era soviética para os padrões da NATO, tanto em equipamentos quanto em doutrina militar, e assim tornar-se totalmente operacional com a Aliança”, disse na segunda-feira Stoltenberg numa intervenção na Cimeira da Democracia de Copenhaga, evento organizado pela organização não-governamental (ONG) Fundação Aliança de Democracias, fundada e presidida pelo antigo secretário-geral da NATO Anders Fogh Rasmussen.
Stoltenberg, que interveio digitalmente a partir da sede da NATO em Bruxelas, sublinhou que a cimeira em Vilnius enviará uma mensagem “muito clara” de apoio a Kiev e que se manifestará de várias formas, tanto no apoio concreto como no direito de escolher seu próprio caminho, incluindo integrar a Aliança Atlântica.
“A tarefa mais urgente agora é a vitória da Ucrânia, não a vitória de [Presidente russo, Vladimir] Putin. Somente se a Ucrânia vencer e continuar a existir como um Estado independente faz sentido falar sobre quando e como ela pode aderir à NATO”, prosseguiu Stoltenberg, em diálogo com o seu antecessor na liderança da organização, o ex-primeiro-ministro dinamarquês Anders Fogh Rasmussen.
Stoltenberg, que reiterou a intenção de deixar o cargo em outubro deste ano, defendeu que o compromisso acordado na cimeira de 2014 de que os Estados-membros atribuam pelo menos 2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) à defesa coletiva deve ser cumprido “o mais rapidamente possível”.
“Esperamos que não seja um teto, mas um mínimo que todos os aliados devem fornecer imediatamente e não numa década. Essa deve ser a mensagem”, disse ainda no mesmo evento.
Jens Stoltenberg desloca-se a Portugal na quinta-feira para um encontro com o primeiro-ministro português, António Costa.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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