Segundo anunciou na rede social Twitter, Tikhanovskaia reunirá, também com o ex-presidente da Comissão Europeia José Manuel Durão Barroso “para discutir a crise na Bielorrússia e o apoio aos bielorrussos”.
Sábado, a líder da oposição da Bielorrússia junta-se a uma manifestação organizada pela Associação PRADMOVA, liderada por representantes da comunidade bielorrussa em Portugal, para mostrar solidariedade com os presos políticos no país e chamar a atenção da comunidade internacional.
Sexta-feira, à rádio TSF, a líder opositora afirmou que a visita a Portugal se justifica por o país presidir neste semestre à União Europeia (UE), o que “pode ser muito útil” para a situação na Bielorrússia.
Nas declarações, Svetlana Tikhanovskaya afirmou não estar “desiludida” com a UE, apontando que a União “fez um grande trabalho em relação à Bielorrússia” ao não reconhecer a reeleição de Alexander Lukashenko, em agosto, mas disse precisar “tremendamente de apoio” por parte de Bruxelas “face aos abusos dos direitos humanos” no país.
Um dia antes, o Conselho Europeu decidiu prorrogar, até fevereiro de 2022, as sanções aplicadas aos opressores na Bielorrússia e aos apoiantes do regime de Lukashenko.
O organismo em que estão representados os 27 Estados-membros da UE precisou que as sanções visam altos funcionários responsáveis pela repressão violenta e intimidação de manifestantes pacíficos, de membros da oposição e de jornalistas na Bielorrússia, bem como os responsáveis por fraudes eleitorais, além de “agentes económicos, empresários proeminentes e empresas que beneficiam e/ou apoiam o regime de Alexander Lukashenko”.
Estas medidas restritivas traduzem-se na proibição de viajar para a UE e no congelamento de bens para pessoas constantes da lista, num total de 88 pessoas, incluindo o próprio Alexander Lukashenko.
A Bielorrússia atravessa uma crise política desde as eleições de 09 de agosto, que segundo os resultados oficiais reconduziram o Presidente Alexander Lukashenko, no poder há 26 anos, para um sexto mandato, com 80% dos votos.
A oposição denuncia a eleição como fraudulenta e milhares de bielorrussos têm saído às ruas por todo o país para exigir o afastamento de Lukashenko, manifestações reprimidas com violência pelas forças de segurança da Bielorrússia.
A principal figura da oposição, Svetlana Tikhanovskaia, reivindica a vitória nas presidenciais e acusa o Governo de fraude eleitoral.
A UE não reconhece os resultados das eleições bielorrussas de agosto.
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