“Existe um compromisso assumido pelo Governo Regional com os professores, no sentido de que a carreira docente nos Açores não seja superior a 37 anos de serviço”, afirmou Artur Lima, citado num comunicado de imprensa, após ter reunido com o Sindicato dos Professores da Região Açores.
Os professores reivindicam a contabilização para efeitos de progressão na carreira de sete anos congelados (entre 2011 e 2017), alegando que sem esse tempo de serviço a maioria não conseguirá atingir o topo da carreira e, consequentemente, os salários mais altos.
Para Artur Lima, a pretensão dos docentes é justa, sobretudo tendo em conta que vai ao encontro de um compromisso do executivo açoriano.
“Se existiu um compromisso por parte do Governo Regional é porque o Governo deu razão aos professores; se deu razão é porque se trata de uma pretensão legítima da classe; sendo justa e legítima a pretensão e se existe um compromisso, então, o Governo Regional só tem de cumprir com a sua palavra”, frisou.
O líder regional centrista disse que os professores foram “sistematicamente penalizados por sucessivas normas transitórias, criadas no âmbito das transições de carreira, mas que nunca foram eliminadas”, o que fez com que “um número significativo de docentes nunca tivesse sido reposicionado nos escalões a que tinha direito”.
“A estabilidade dos professores é essencial para a garantia de um ensino de qualidade na Região”, salientou, considerando que “a recuperação de tempo de serviço congelado e a consequente progressão na carreira são objetivos legítimos dos professores”.
O Sindicato dos Professores da Região Açores e o Sindicato Democrático dos Professores dos Açores entregaram moções na presidência do Governo Regional a reivindicar a contabilização do tempo de serviço e admitiram a possibilidade de convocarem greves regionais se o executivo açoriano não ceder.
Estão já agendadas para a próxima semana audiências dos representantes dos dois sindicatos com o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro.
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