As declarações do ‘ayatollah’ Ali Khamenei, antes de proferir a oração de sexta-feira em Teerão pela primeira vez desde 2012, decorreram numa altura em que se intensificam as tensões entre o Irão e os Estados Unidos.
Khamenei disse também os ataques iranianos contra bases militares dos Estados Unidos no Iraque foram um “golpe na imagem da América” como superpotência.
No mesmo discurso antes da oração de sexta-feira, dia sagrado para os muçulmanos, Khamenei acrescentou que os “países ocidentais” são demasiado fracos para “conseguirem pôr os iranianos de joelhos".
Mesmo assim, frisou que o Irão está disposto a dialogar e “negociar” com os “países ocidentais”, mas rejeitou contactos com os Estados Unidos.
O líder supremo do Irão considerou “cobarde” o ataque dos Estados Unidos que matou o general Qassem Soleimani, comandante da Guarda Revolucionária, em Bagdad no princípio do mês.
O Irão retaliou bombardeando com mísseis balísticos três bases iraquianas onde se encontram as forças norte-americanas que lideram a coligação internacional no Iraque.
Na mesma altura, um avião comercial ucraniano foi abatido por um míssil que segundo Teerão foi disparado “por engano” e que provocou a morte dos 176 ocupantes.
Ali Khamenei chamou “drama amargo” ao derrube do aparelho civil ucraniano, no dia 08 de janeiro, tendo apresentado as condolências às famílias das vítimas, mas frisou que Teerão não pode esquecer o “sacrifício” do general Soleimani.
Referindo-se às manifestações antigovernamentais que eclodiram no país na semana passada, após ter sido revelado que o aparelho foi abatido por um míssil iraniano, Khamenei disse que “alguns tentaram utilizar (a situação) esquecendo-se de Soleimani, o mártir sacrificado”.
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