“A 16 de fevereiro, a mortalidade específica por covid-19 registou um valor de 59,7 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes, o que corresponde a uma diminuição de 5% relativamente ao último relatório (62,9), indicando uma tendência estável do impacto da pandemia na mortalidade”, adiantam as “linhas vermelhas” do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Segundo o documento, este valor de 59,7 é ainda significativamente superior ao limiar estabelecido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC) de 20 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes, valor que o Governo definiu para o país passar para um nível sem restrições.
Relativamente à pressão sobre os serviços de saúde, as “linhas vermelhas” indicam que, na quarta-feira, o número de doentes em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) correspondia a 52% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas, quando na semana anterior foi 66%.
“O número de doentes internados em UCI mantém uma tendência decrescente – menos 21% em relação aos sete dias anteriores. A região do Norte é aquela que apresenta maior ocupação em UCI”, atingindo os 80% do nível de alerta de 75 camas, avança o relatório.
De acordo com a análise de risco da pandemia, o número de infeções por SARS-CoV-2 por 100 mil habitantes acumulado nos últimos 14 dias foi de 3.424 casos, também com tendência decrescente a nível nacional e em todas as regiões.
“Há uma tendência decrescente da incidência cumulativa a 14 dias em todos os grupos etários. O grupo etário com incidência cumulativa a 14 dias mais elevada é o das crianças e jovens entre os 10 e os 19 anos de idade” com um valor de 5.914, adiantam as “linhas vermelhas”.
Segundo o INSA e a DGS, dada a redução da incidência, é expectável que a pressão nos serviços de saúde e que o impacto na mortalidade “venham a decrescer nas próximas semanas, devendo manter-se a vigilância da situação epidemiológica e recomendando-se a manutenção das medidas de proteção individual e a vacinação de reforço”.
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