Questionado sobre a situação à margem da visita a uma escola na freguesia de Alvalade, que está em obras, o vereador Ricardo Robles (BE) indicou que foi informado “pelo diretor do agrupamento dessa praga de ratos”.
“O nosso diretor de departamento criou logo uma ação de intervenção do controlo de pragas da Câmara Municipal de Lisboa”, afirmou o autarca, acrescentando que “está a ser feita essa intervenção”.
Aplicada esta medida, “será feita uma reavaliação na segunda-feira de manhã para garantir que os alunos podem continuar a utilizar a escola em segurança”.
A Escola Secundária do Restelo e a Escola Básica (EB) 1 de Caselas, em Lisboa, fecharam portas ao início da tarde de quinta-feira para se realizar uma desratização, informou o diretor do Agrupamento de Escolas do Restelo, Júlio Santos.
Em declarações à Lusa, o responsável avançou que as escolas, do mesmo agrupamento, só voltam a abrir na segunda-feira, depois de cumprido o período de “quarentena e resguardo”.
Segundo Júlio Santos, dentro das duas escolas a intervenção é feita por parte de uma empresa contratada para o efeito e, no exterior, a Junta de Freguesia, em articulação, com a Câmara de Lisboa irá proceder à limpeza na área circundante.
Questionado sobre se a situação se constata em outros estabelecimentos escolares do concelho, Ricardo Robles apontou que a Câmara “já teve registos noutros espaços, não só em escolas, mas em zonas de espaço público”.
“Tivemos um fenómeno há umas semanas, no início de janeiro, no Parque das Nações, e, portanto, teve de haver uma intervenção de desinfestação, de controlo de pragas, e estamos a acompanhar”, acrescentou.
Segundo o vereador bloquista, este “é um fenómeno cíclico, que vai acontecendo em algumas zonas da cidade. Por vezes tem a ver com obras, que mexem com o subsolo por exemplo, tem a ver com fenómenos meteorológicos também, de haver mais água nas infraestruturas de esgotos”.
O eleito rematou que esta é uma situação que também está a acontecer noutras capitais, como Paris.
“É uma preocupação e o que temos de garantir é a segurança e condições de salubridade nas escolas às crianças”, advogou.
Também hoje, os deputados municipais do CDS-PP entregaram um requerimento a pedir esclarecimentos à Câmara sobre esta situação, nomeadamente “qual a origem da propagação de ratos na zona circundante da escola”, se “tem o município efetuado operações de limpeza e desinfestação”, ou se o Ministério da Educação foi notificado “dos problemas estruturais do edificado escolar e da existência de amianto”.
Comentários