“A Livraria do Mondego, em Penacova, já é monumento natural e passa a integrar a Rede Nacional de Áreas Protegidas (RNAP)”, disse o município, em nota de imprensa enviada à agência Lusa, referindo que no final de novembro o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) informou a autarquia da conclusão do processo.

A Câmara de Penacova iniciou aquele processo em 2023, tendo aprovado em agosto deste ano um regulamento de gestão daquele afloramento rochoso, perspetivando uma travessia pedonal, a criação de zonas de visitação e um pequeno edifício de acolhimento que permita dar a conhecer a Livraria do Mondego.

“A integração da Livraria do Mondego na rede nacional de áreas protegidas e a classificação enquanto monumento natural local são um primeiro passo para a valorização daquele local, sob o ponto de vista científico, paisagístico e turístico”, salientou o presidente da Câmara, Álvaro Coimbra, citado na nota de imprensa.

O autarca deu nota de que o município está a trabalhar para tornar o espaço “mais acessível e visitável, em ambas as margens do Mondego”.

“Temos de tirar partido do facto de a Livraria estar ao lado da rota turística da EN2 [estrada nacional 2], da ecovia ciclável e da Grande Rota do Mondego. Além disso, é inegável o interesse científico e didático e, por isso, incluiremos no projeto uma vertente que o demonstre, explicando o que está à frente dos nossos olhos”, salientou.

Aquele sítio é reconhecido como local de interesse geológico desde o século XIX, sendo um conjunto de rochas quartzíticas, em forma de estante de livros, numa garganta que separa a serra do Buçaco da serra da Atalhada.

O geossítio foi esculpido pelo tempo ao longo de 400 milhões de anos e é atravessado pelo IP3.

Segundo a Câmara de Penacova, a Livraria do Mondego é o nono monumento natural a integrar a RNAP, onde estão, entre outros, o Cabo Mondego, as Portas de Ródão e as Pegadas de Dinossauro (Ourém).