Além de Lukashenko, cuja vitória nas eleições presidenciais de 2020 não foi reconhecida nem pela oposição nem pelo Ocidente e desencadeou os maiores protestos da história recente do país e uma repressão policial sem precedentes, a CEC registou quatro outros candidatos.

Entre os registados encontra-se a empresária Anna Kanopatskaya, que se opõe à aproximação com a Rússia e, em particular, à União Estatal dos dois países, além de apelar à saída da aliança militar pós-soviética da Organização do Tratado de Segurança Coletiva e da Comunidade de Estados Independentes.

Também os presidentes dos partidos Liberal Democrático da Bielorrússia (PLDB), Oleg Gaidukyevich, e Republicano do Trabalho e da Justiça (ORTJ), Alexand Juzhniak, bem como o primeiro secretário do Partido Comunista da Bielorrússia (PCB), Sergey Sirankov, poderão participar na campanha eleitoral.

Segundo a CEC, a candidatura de Lukashenko foi apoiada por mais de 2,5 milhões de eleitores, seguido pela de Gaidukévich (134.472), Sirankov (125.577), Kanopátskaya (121.077) e Juzhniák (112.779).

A Bielorrússia, dirigida por Lukashenko desde 1994, realizará as suas próximas eleições presidenciais em 26 de janeiro de 2025.

O septuagenário dirigente bielorrusso, um aliado próximo do Presidente russo, Vladimir Putin, considera que não pode “partir amanhã” porque seria uma traição ao país.

A oposição acusa Lukashenko de gerir um Estado policial, enquanto a Ucrânia o considera cúmplice da intervenção militar russa.