“Tenho de sublinhar que nós não queremos nenhum conflito na nossa fronteira. Para nós seria totalmente prejudicial”, afirmou Lukashenko citado pela agência de notícias oficial Belta.
Por outro lado, o Presidente da Bielorrússia acusou a Polónia de “precisar” desta crise devido a “problemas internos” com os parceiros da União Europeia.
O Presidente bielorrusso disse ainda que o país está a trabalhar “ativamente” para fazer com que os migrantes a “regressem a casa” mas sublinhou que as pessoas “não querem partir”.
“Estamos prontos, como sempre o fizemos, a colocá-los a todos em aviões (…) de volta a casa”, afirmou o chefe de Estado da Bielorrússia.
“Desenvolvemos um trabalho para convencer essas pessoas: dizemos ‘por favor, voltem’ mas ninguém quer voltar”, acrescentou.
Milhares de pessoas, sobretudo do Médio Oriente encontram-se em acampamentos precários, numa altura em que se verifica uma descida acentuada das temperaturas, no território bielorrusso junto à fronteira com a Polónia.
A União Europeia acusa Minsk de organizar os movimentos migratórios com a autorização de vistos e fretando voos como forma de retaliação contra as sanções ocidentais impostas ao regime da Bielorrússia.
As sanções foram aplicadas após a repressão do regime contra a oposição que reclama a vitória nas eleições presidenciais de 2020.
Entretanto, a companhia aérea bielorrussa Belavia anunciou domingo que cidadãos sírios, iraquianos, afegãos e iemenitas foram proibidos de voar do Dubai para Minsk.
Na sequência de pressões diplomáticas de Bruxelas, a Turquia proibiu aos cidadãos iraquianos, sírios e iemenitas de entrar na Bielorrússia.
A companhia de aviação privada síria, Cham Wings Airlines, também interrompeu os voos para a capital da Bielorrússia.
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