Lula da Silva chegou ao estádio acompanhado da primeira-dama, Rosângela Silva, conhecida por Janja.
A presença do Chefe de Estado na despedida do rei do futebol brasileiro já havia sido confirmada pela comunicação da Presidência brasileira, na segunda-feira.
Após cumprimentar familiares do ex-futebolista, Lula da Silva assistiu uma cerimónia religiosa comandada por padres católicos em homenagem a Pelé.
Adepto do Corinthians, que tinha em Pelé um temido rival fruto dos bons desempenhos nos confrontos entre as duas equipas de São Paulo, Lula da Silva lamentou a morte do ídolo brasileiro nas redes sociais assim que a notícia foi confirmada, no dia 29 de dezembro, lembrando esta rivalidade.
“Eu tive o privilégio que os brasileiros mais jovens não tiveram: eu vi o Pelé jogar, ao vivo, no Pacaembu e Morumbi. Jogar, não. Eu vi o Pelé dar ‘show’. Porque quando pegava na bola ele sempre fazia algo especial, que muitas vezes acabava em golo”, escreveu Lula da Silva na rede social Twitter.
“Confesso que tinha raiva do Pelé, porque ele sempre massacrava o meu Corinthians. Mas, antes de tudo, eu o admirava. E a raiva logo deu lugar à paixão de vê-lo jogar com a camisa 10 da Seleção Brasileira”, acrescentou.
O Presidente acrescentou ainda que “poucos brasileiros levaram o nome do nosso país tão longe”, como Pelé.
“Por mais diferente do português que fosse o idioma, os estrangeiros dos quatros cantos do planeta logo davam um jeito de pronunciar a palavra mágica: Pelé”, referiu.
Pelé morreu na quinta-feira, aos 82 anos, no hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, na sequência da “falência de múltiplos órgãos, resultado da progressão do cancro do cólon associado à sua condição clínica prévia”, segundo aquele estabelecimento hospitalar, em comunicado.
Pelé estava internado desde o dia 29 de novembro no naquele hospital para tratamento de quimioterapia a um tumor no cólon e tratamento de infeção respiratória, e o seu estado de saúde agravou-se.
Pelé, nascido a 23 de outubro de 1940 na cidade Três Corações, em Minas Gerais, foi o único futebolista três vezes campeão do mundo, em 1958, 1962 e 1970, marcou 77 golos nas 92 internacionalizações pela seleção brasileira e jogou pelo clube brasileiro Santos e pelo Cosmos, dos Estados Unidos.
Foi ainda ministro do Desporto no governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 1998, e eleito o desportista do século pelo Comité Olímpico internacional (1999) e futebolista do século pela FIFA (2000).
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