A sondagem do instituto Harris Interactive, publicada esta quinta-feira, 9 de março, mostra o fundador do 'En Marche!' (movimento Em Marcha!, liberal independente) com 26% das intenções de voto, contra 25% para a líder da Frente Nacional, que aparece em segundo lugar.
A sondagem, realizada para a France Televisions, também contempla a segunda volta das eleições, prevista para 7 de maio. Neste cenário, Macron, ex-ministro do atual governo socialista mas que se define como "nem de esquerda, nem de direita", venceria com larga margem: 65% dos votos, contra 35% para Le Pen.
O candidato da direita, François Fillon, cuja campanha tem vindo a enfrentar sérias dificuldades face ao escândalo dos empregos fictícios oferecidos pelo próprio à mulher e filhos, caiu para o terceiro lugar à primeira volta, com 20% das intenções de voto.
Fillon, admitiu “parte de responsabilidade” pela paralisação da sua campanha, mas não cedeu aos apelos para que abandone a corrida. O candidato foi convocado pela justiça para 15 de março e, segundo lhe disseram os advogados, será formalmente acusado.
Segue-se na presente sondagem o candidato socialista Benoît Hamon (com 13% das intenções de voto) e o aspirante da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon (12%).
As motivações mencionadas pelos entrevistados para a escolha de determinado candidato foram o projeto do visado (63%), a capacidade para executar ideias novas (57%), o desejo de sua vitória (56%) e a honestidade do aspirante a presidente (54%).
82% dos entrevistados afirmaram estar “muito ou bastante” interessados nas eleições, enquanto 18% não demonstram grande interesse ou nenhum.
A pesquisa foi realizada entre 6 e 8 de março com uma mostra representativa de 4.533 pessoas registadas nas listas eleitorais. A margem de erro é de 0,6 a 1,6 pontos percentuais.
A primeira volta das eleições presidenciais francesas realiza-se a 23 de abril próximo. Caso seja necessária uma segunda volta, este escrutínio realiza-se em maio. Os principais candidatos são François Fillon (Partido Republicado, direita conservadora), Benoît Hamon (Partido Socialista, centro-esquerda), Emmanuel Macron (movimento Em Marcha!, liberal independente), Jean-Luc Mélenchon (Frente de Esquerda, representa os comunistas e parte da extrema-esquerda), Marine Le Pen (Frente Nacional, extrema-direita).
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