“Estamos a seguir as regras da Organização Mundial de Saúde (OMS) e os passos que outros 15 países do Ocidente estão a trilhar”, disse Miguel Albuquerque.

O chefe do executivo madeirense foi confrontado com a recomendação hoje tornada pública pela Direção-Geral da Saúde (DGS) de vacinar contra a covid-19 crianças entre os 12 e os 15 anos com comorbilidades.

“A DGS recomenda a vacinação prioritária dos adolescentes entre os 12 e os 15 anos de idade com comorbilidades associadas a doença grave”, anunciou em conferência de imprensa a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, no seguimento de um parecer da Comissão Técnica de Vacinação Covid-19.

A DGS considera que deve ser dada a possibilidade de vacinação a todas as crianças desta faixa etária, por indicação médica e de acordo com a disponibilidade de vacinas, remetendo o acesso universal destas idades para mais tarde.

A Madeira anunciou que vai começar a vacinar esta faixa etária num ‘open day’ (sem agendamento prévio), começando sábado no Centro de Vacinação do Funchal.

“A Madeira prevê vacinar cerca de 20 mil jovens”, complementou Miguel Albuquerque, adiantando que estas iniciativas de vacinação sem marcação para crianças e jovens entre os 12 e os 17 anos vão estender-se aos diversos concelhos da região.

O governante argumentou que a região está “a seguir aquilo que é fundamental, que é proteger através da vacinação”, considerando que esta é “a melhor medida para prevenir quer a doença, quer a sua propagação”.

“Estamos a tentar vacinar os nossos jovens”, salientou Albuquerque, recordando que a covid-19 “continua a afetar” os mais novos e que a região registou 1.631 casos de crianças e jovens entre os zero e os 17 anos que contraíram e propagaram a doença.

O líder insular sustentou ser necessário perceber que “é falsa, a ideia de que o covid-19 não era transmitido aos jovens”.

“Alguns dos jovens contraíram a doença e tiveram consequências até do ponto de vista físico bastante graves”, apontou.

Albuquerque mencionou também que “os jovens ao contraírem a doença são focos de propagação que podem contaminar os mais velhos, mais vulneráveis, incluindo os que já tem a dupla vacinação”.

O presidente do Governo da Madeira realçou que “a vacinação não é obrigatória”, declarando serem compreensíveis os “receios” de alguns pais, os quais instou a que se informem junto do médico de família.

“Esta é a norma que vamos seguir”, concluiu.

Segundo os dados divulgados hoje pela Direção Regional de Saúde, a Madeira registou 27 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas e 25 recuperações, estando sinalizadas 243 infeções ativas no arquipélago .

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