O Governo Regional indicou, na sua conta oficial no Facebook, que o apagão ocorreu na sequência de uma descarga elétrica que afetou o sistema da Central Térmica da Vitória, localizada na capital madeirense.
"Na sequência de uma descarga elétrica sobre a linha de transporte de 60 KV, entre a Calheta [zona oeste da ilha] e o Funchal, que provocou diversos danos, o sistema na Central Térmica da Vitória foi abaixo", refere, sublinhando que os técnicos da Empresa Eletricidade da Madeira estão a "tentar reparar os danos e a arrancar todo o sistema".
O apagão ocorreu cerca das 20:45, e no Funchal durou até cerca das 23:00, numa altura em que a costa sul e as regiões montanhosas da ilha da Madeira se encontravam sob aviso vermelho para chuva e trovoada que vigorou até 21:00.
O corte geral eletricidade afetou também as telecomunicações na ilha.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera, que chegou a colocar parte da ilha em alerta vermelho, mantém agora o arquipélago sob aviso laranja [Madeira] e amarelo [Porto Santo] até às 12:00 de domingo, sendo que o mau tempo afeta todo o território desde a madrugada de hoje, com chuva forte, queda e granizo e trovoada.
No Funchal, duas famílias, no total de sete pessoas, foram realojadas devido à falta de condições de habitabilidade de duas casas inundadas.
As duas corporações de bombeiros do município - os Sapadores e os Voluntários Madeirenses - continuam envolvidas em operações da limpeza e sinalização de vias devido à queda de pedras e inundações, o mesmo ocorrendo com outras corporações da região.
O presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Gouveia, disse à agência Lusa que foram já registadas mais de 100 ocorrências, sobretudo inundações e pequenos incêndios em instalações elétricas, mas não há vítimas a assinalar.
Na sequência do apagão, os bombeiros foram também chamados a socorrer várias pessoas que ficaram presas em elevadores.
"A prioridade foi salvaguardar a integridade física das pessoas", realçou Miguel Gouveia.
Duas estradas nas zonas montanhosas foram encerradas por precaução, pelo Instituto de Florestas e Conservação da Natureza, devido à queda de neve.
As más condições atmosféricas afetaram também a operação no Aeroporto Internacional da Madeira, tendo dois voos oriundos do Porto divergido para o Porto Santo.
O Serviço Regional de Proteção Civil alertou, por seu lado, a população para "evitar ao máximo" a circulação na via pública, recomendado que esteja atenta à formação de lençóis de água e à ocorrência de inundações.
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