“Estamos a resolver, por meios constitucionais, pacíficos e democráticos, uma pilhagem imperial com 150 anos. (…) Estou certo de que, a partir de hoje, vamos sair mais fortes. Estou otimista, tenho a esperança renovada de que hoje vamos sair mais fortes como país para falar alto, claro e forte”, afirmou o chefe de Estado ao canal estatal VTV, após votar pouco depois da abertura das assembleias de voto.

Para Nicolás Maduro, o primeiro efeito do referendo será “sentar o presidente da Guiana”, Irfaan Ali, que “tomou o caminho do confronto”, para retomar o Acordo de Genebra como forma de resolver o diferendo através de um mecanismo de “negociação pacífica e diplomática”.

“É uma das mais altas aspirações”, acrescentou o presidente venezuelano, lembrando que este referendo é a “primeira vez em 150 anos de luta” pelo Essequibo que “as portas das assembleias de voto estão abertas”.

De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral, 20,69 milhões de cidadãos poderão votar no referendo, que coloca, entre as suas cinco questões, a anexação do território ao mapa nacional e a implementação de um “plano acelerado” para servir a população da zona, com a concessão de cidadania.

O encerramento da votação está previsto para as 18:00 locais (22:00 em Lisboa), horário que poderá ser prolongado nos centros onde ainda há filas de espera.

Segundo o governo, um total de 356.513 militares estão destacados para o referendo, com o apoio de 51.778 polícias, tendo sido tomadas precauções contra “possíveis planos de sabotagem”.