Miguel Bravo é suspeito da prática de três crimes de abuso sexual de crianças e de três crimes de pornografia de menores, como adiantou a Polícia Judiciária este fim de semana. Em causa está uma vítima de “do sexo feminino, com 13 anos”, que foi “sendo instigada e persuadida, desde dezembro do ano passado, a trocas de fotos e vídeos de cariz sexual”.
O artista, que ficou conhecido pela sua participação no concurso televisivo Got Talent, da RTP, foi detido pela Polícia Judiciária de Évora pouco antes de subir ao palco nas festas de Porto Alto, em Benavente, este sábado, 20 de julho. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do cantor, que conhece hoje as medidas de coação a serem-lhe aplicadas, tendo passado mais uma noite nos calabouços do Posto da GNR de Arraiolos, como adianta o Jornal de Notícias.
Miguel Bravo terá tentado aliciar uma criança de 13 anos — que à data dos factos tinha 12 — a partilhar vídeos de cariz sexual ao prometer 100 euros por vídeo enviado. Todavia, o Correio da Manhã adianta esta terça-feira que o artista foi apanhado pela mãe da vítima, fazendo-se passar pela filha nas mensagens trocadas entre os dois telemóveis. Sabe-se agora que o cantor não só prometeu pagar 100 euros por vídeo, como ameaçou divulgar publicamente fotografias íntimas da vítima se esta não cedesse à sua proposta.
De acordo com o CM, o facto da mãe ter confrontado Miguel Bravo através de mensagens enviadas precipitou a operação, com a PJ a atuar o mais rápido possível pelo risco do cantor eliminar provas.
Ao iniciar a investigação, a PJ recolheu várias provas do telemóvel do artista, entre as quais vídeos de cariz sexual, com nu integral e até práticas sexuais. As autoridades mantêm a investigação aberta para apurar se o artista fez mais vítimas.
O cantor já se encontrava sob polémica devido a acusações de burla, sendo suspeito de marcar concertos em diferentes localidades para a mesma hora. Terá sido mesmo essa razão a inicialmente adiantada para a detenção súbita antes de subir ao palco em Porto Alto. Segundo várias acusações, Miguel Bravo sobrepunha datas e não comparecia a vários compromissos, não devolvendo também o adiantamento financeiro recebido para atuar.
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