A organização não-governamental tinha feito no domingo um novo apelo para que os países da zona concedessem um porto para desembarcar, pois as condições físicas e mentais dos migrantes começavam a preocupar.
O responsável da equipa de resgate do navio, Iasonas Apostolopoulos explicou, num vídeo, que no barco estão 95 menores, 84 deles não acompanhados, e que há casos de queimaduras por gasolina, feridas devido ao sol e desidratação e que, “alguns necessitam cuidados especiais que só podem receber em terra”.
Alguns estão há mais de duas semanas a bordo, desde o primeiro resgate a 05 de agosto, quando foram salvos 25 migrantes que se encontravam num bote.
Os migrantes foram resgatados na chamada rota do Mediterrâneo Central, encarada como uma das mais mortais, que sai da Tunísia, Argélia e da Líbia em direção a Itália, em particular à ilha de Lampedusa, e a Malta.
Perante a ausência de resposta por parte das autoridades de Malta aos pedidos dos navios de resgate humanitário, Itália está a assumir neste momento todo o fluxo de migrantes da rota central.
Desde o início do ano que em Itália já desembarcaram 32.806 migrantes, muito mais do que os 15.406 em 2020 e os 4.265 em 2019.
Segundo dados da Organização Internacional para as Migrações pelo menos 896 pessoas morreram no mar quando tentavam chegar a Itália, no primeiro semestre deste ano.
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