“Estamos com isto a melhorar os nossos parques verdes e com a plantação de 100 mil árvores vamos melhorar os nossos parques com mais árvores e melhores condições”, disse o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, durante uma das iniciativas que decorreu no Parque Urbano do Vale da Ameixoeira, onde foram plantadas seis mil árvores.
Segundo Fernando Medina, esta iniciativa tem ainda o significado de permitir a mobilização das famílias com milhares de pessoas envolvidas.
“É um momento de partilha e a forma de cada um se mobilizar para a ação no ano em que Lisboa é a Capital Verde Europeia”, disse.
Ao todo foram mais de 4.500 pessoas inscritas num movimento que Fernando Medina classifica de importante para a cidade de Lisboa, destacando que as plantações vão ocorrendo ao longo do ano, mas que esta é a maior de todas.
A informação sobre novos momentos de plantação de árvores estará disponível no ‘site’ da Câmara Municipal.
A plantação de árvores, referiu o autarca, ajuda a combater um dos efeitos mais negativos das alterações climáticas que é a onda de calor.
“Sempre que se fazem zonas de plantação como estas a temperatura nas imediações pode baixar entre três a cinco graus centígrados. Já temos essa experiência na Avenida da República onde depois da plantação de árvores a temperatura baixou significativamente, melhorando a qualidade de vida”, disse.
Segundo Fernando Medida, a plantação massiva pela cidade vai ter esse efeito de ajudar a reduzir a temperatura.
Das 20.000 árvores plantadas hoje, 4.000 foram em Rio Seco (Ajuda), 6.000 no parque do Vale da Ameixoeira (Santa Clara), 9.000 no parque do Vale da Montanha (Areeiro/Marvila) e 1.000 no corredor verde de Monsanto.
Catarina, aluna do 11º. ano da Academia de Música de Santa Cecília, foi uma das 800 pessoas que hoje participaram na plantação de ameixoeiras e carvalhos no parque do Vale da Ameixoeira.
“É uma iniciativa super importante numa cidade tão urbanizada como a de Lisboa”, disse em declarações à agência Lusa, acrescentando que foi na escola que a ação foi divulgada.
O galardão de Cidade Verde tem distinguido cidades europeias que “são referência sempre que se fala de sustentabilidade e ambiente”, como Copenhaga, Estocolmo e Oslo.
Ao assumir-se como capital verde, Lisboa assume também compromissos como ser uma cidade europeia de referência ao nível da mobilidade em 2030 e atingir a neutralidade carbónica até 2050, segundo o vereador Sá Fernandes.
A autarquia anunciou que pretende atingir até então metas como a redução das viagens em automóvel de 57% para 33%, a diminuição de 60% das emissões de dióxido de carbono e a obtenção de uma potência fotovoltaica instalada de 100 megawatts.
A capital portuguesa, que viu a produção de lixo aumentar significativamente com o crescimento turístico, está também, entre outras medidas, a criar um sistema para rega e lavagem das ruas com água reutilizada e a planear que, até ao final do próximo ano, mais de 90% dos moradores tenham a menos de 300 metros de casa um espaço verde com pelo menos dois mil metros quadrados.
O município associa também a inauguração de algumas obras, como o parque verde da Praça de Espanha, à Capital Verde Europeia 2020.
No mês de abril, está prevista a inauguração do Museu da Reciclagem (ReMuseu), em Alcântara, assim como a realização da conferência “Urban Future Global Conference”, entre os dias 01 e 03.
Ao longo do ano, estão previstas um conjunto de conferências, iniciativas com escolas e universidades, espetáculos, exposições e festivais sobre o tema da sustentabilidade ambiental.
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