O festival, que acontece hoje e sábado, conta com a participação de mais de 50 artistas, e vai “respeitar as regras sanitárias, como o uso de máscara, a colocação de postos de desinfetação” e, como previa em maio passado o promotor Luís Montez, da organização, como já se atingiu a imunidade de grupo, poderá alcançar os 75% da lotação.
O festival conta com dez palcos espalhados pelo bairro de Alfama, incluindo igrejas, como as de S. Miguel e Santo Estêvão, e sociedades recreativas, como Boa União, Grupo Sportivo Adicence e Magalhães de Lima, instala-se ainda no Museu do Fado, e chega à frente ribeirinha com o palco principal, Santa Casa Alfama, e às janelas do largo S. Miguel.
O terminal de cruzeiros, além de receber artistas no terraço, como André Baptista, acolhe uma projeção de ‘videomapping’ sobre Carlos do Carmo (1939-2021), e uma exposição sobre o fadista, criador de êxitos como “Canoas do Tejo”, “Os Putos”, “Trem Desmantelado”,”Lisboa, Menina e Moça” e “Fado Anarda”, entre outros.
Luís Montez realçou à agência Lusa, na entrevista de apresentação do festival, que este “é uma oportunidade de conhecer um bairro histórico da capital com a sua melhor banda sonora: o fado, género popular e transversal”.
Montez referiu ainda que o Santa Casa Alfama “atrai muitos turistas”, calculando-se que cerca de 15% dos espectadores sejam estrangeiros.
A homenagem ao intérprete de “Bairro Alto”, este ano, passa ainda pela inclusão de um tema do seu repertório nas atuações de todos os fadistas.
Sara Correia, Jorge Fernando, Fábia Rebordão, que recentemente editou o duplo CD “Eu Sri”, Miguel Moura, Teresinha Landeiro, que editou um novo álbum, “Agora”, em abril passado, Rita Guerra, Maria João Quadros, a guitarrista Marta Pereira da Costa, Marco Rodrigues, António Pinto Basto, Tânia Oleiro, António Laranjeiro, Paulo de Carvalho, Ricardo Ribeiro, Gil do Carmo, filho do fadista Carlos do Carmo, FF, Tozé Brito, André Dias, António Pinto Bastos, Teresa Tapadas, Gonçalo Salgueiro e Ana Sofia Varela são outros nomes do cartaz.
O Festival tem uma lotação prevista de 4.000 pessoas, estimando Luís Montez que, “este ano, cumprindo-se as regras sanitárias”, se atinja cerca de 3.000 espectadores.
Montez disse que o festival “é o acontecimento do ano” no meio fadista, pretendendo-se “que cada edição seja diferente e melhor, dando oportunidade de trabalho a todos”.
O preço do bilhete diário é de 20 euros e o passe para os dois dias custa 30 euros.
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