O “vacinómetro” é um projeto lançado em 2009 que permite monitorizar em tempo real a taxa de cobertura da vacinação contra a gripe em grupos prioritários recomendados pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
Entre os grupos recomendados pela DGS, a taxa de vacinação fica-se pelos 40%, segundo os dados do "vacinómetro", que reportam a terça-feira, 20 de novembro, e a que a agência Lusa teve acesso.
O grupo das pessoas com mais de 65 anos é o que regista uma cobertura vacinal mais elevada, com 52,9% das pessoas vacinadas.
Segue-se o grupo dos doentes crónicos, com 40,7% das pessoas já vacinadas nesta época gripal.
Os profissionais de saúde apresentam uma taxa de vacinação que se fica pelos 38%.
A DGS também recomenda a vacina para as pessoas entre os 60 e os 64 anos, sendo que, neste caso, a taxa de vacinação está nos 23%.
As mulheres vacinaram-se mais do que os homens, com taxas, respetivamente, de 40% e de 28%, entre a população estudada, que inclui os grupos prioritários para a vacinação.
Segundo o “vacinómetro”, menos de 10% da população estudada vacinou-se este ano pela primeira vez contra a gripe.
Entre os que ainda não se vacinaram, quase sete em cada dez diz que não tenciona vacinar-se.
Dos ainda não vacinados, mais de 46% respondeu que não o fez por não ser um hábito, havendo também quase 30% a indicar ainda não ter tido oportunidade para o fazer.
Os grupos avaliados pelo “vacinómetro” são: pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, doentes crónicos, profissionais de saúde e população entre os 60 e os 64 anos.
A gripe é uma doença contagiosa que infeta todos os anos cerca de 10% dos adultos e um terço das crianças e, geralmente, apresenta uma evolução benigna. Contudo, pode trazer complicações associadas, tais como a pneumonia e a descompensação de doenças subjacentes, sobretudo em pessoas com doenças crónicas ou mais de 65 anos.
A vacina da gripe é gratuita para as pessoas com mais de 65 anos e pode ser levada, sem receita médica, nos centros de saúde. A gratuitidade da vacina estende-se a outros grupos, como pessoas com doença pulmonar obstrutiva crónica.
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