Em declarações à agência Lusa, José Abraão, da Federação de Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (FESAP), explicou que na quinta-feira e sexta-feira houve maior adesão e que a greve tem afetado particularmente o interior do pais e as regiões autónomas.
“Estão encerradas conservatórias de registo civil, predial e de automóvel. Mais de uma centena encerradas, em especial na quinta-feira e hoje e no interior do país e regiões autónomas dos Açores e Madeira”, disse.
Os trabalhadores do Instituto dos Registos e Notariado (IRN) marcaram uma greve de cinco dias devido à ausência de resposta por parte do Governo às reivindicações relacionadas com as carreiras.
A greve é promovida por uma plataforma sindical composta pela Federação de Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (FESAP), Sindicato Nacional dos Registos (SNR) e Associação Sindical dos Conservadores dos Registos (ASCR).
Em causa está a revisão das carreiras e do sistema remuneratório, que os sindicatos defendem que deve ser feita em conjunto.
Na quinta-feira, segundo o dirigente sindical, realizou-se uma reunião com a secretária de Estado da Justiça na qual ficou o compromisso de um novo encontro negocial a 11 de setembro para debater a nova tabela remuneratória.
De fora da paralisação de cinco dias esteve o Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e do Notariado (STRN), considerando “ser inoportuna e até prejudicial a greve decretada por outras organizações sindicais do setor”.
O STRN, que afirma ser a maior organização sindical do setor com mais de 70% dos cerca de 5.000 trabalhadores no IRN, refere que o Governo alterou o projeto inicial, tendo sido acolhidas as reivindicações deste sindicato.
“A versão final do projeto de carreiras remetida pelo Governo corresponde a uma das maiores aspirações dos trabalhadores dos Registos e Notariado e que se vem arrastando há 39 anos”, sublinha ainda o STRN.
Comentários