“Se quer um amigo em Washington, arranje um cão”. A célebre frase atribuída a Harry S. Truman, eleito, em 1945, 33.º Presidente dos Estados Unidos podia, eventualmente, também ser proferida por Joe Biden, o Presidente eleito, que levará consigo, em janeiro, não apenas um, mas dois pastores alemães, Champ e Major, para a Casa Branca.

Os animais presidenciais estão assim de regresso à residência oficial do Presidente dos EUA, depois de Donald Trump ter quebrado uma tradição de companheiros de quatro patas com mais de um século, argumentando “não ter tempo” para passeá-los, uma declaração que foi mote para que os cães de Biden participassem num anúncio de campanha eleitoral que prometia "o regresso dos animais de companhia à Casa Branca".

Champ, o mais velho da dupla, com 12 anos, está na família desde 2008 e até já viveu na residência oficial do vice-Presidente dos Estados Unidos, em Washington, enquanto Biden foi vice de Barack Obama.

Quando Jill Biden criou o Family Heritage Garden da residência, com os nomes de todos os seus antigos ocupantes, incluiu o pastor alemão.

"De todos nós, Champ é quem vai ter mais dificuldade em deixar este lugar", explicou em entrevista ao The Post, quando, em 2017, se preparavam para deixar Washington e regressar a Delaware. Jill explicou que Champ estava habituado a uma família 24 horas por dia e a receber biscoitos dos seguranças.

Agora, Champ faz-se acompanhar de Major, que tem apenas dois anos, e que vai ser o primeiro cão resgatado de um canil a viver na Casa Branca. A família tinha a intenção de adotar um segundo cão, ainda em 2008, para que Champ tivesse um companheiro, mas levou quase uma década a fazê-lo.

Quando foi adotado, Major era um dos seis cães que tinham sido entregues aos cuidados da Delaware Humane Association por terem estado “expostos a algo tóxico” na casa onde viviam. Os tutores da altura não teriam como pagar os cuidados veterinários. Major foi assim adotado, em 2018, na associação, depois de os Biden terem sido a sua família de acolhimento durante cerca de oito meses.

Mas se o jovem pastor alemão é o primeiro a saltar de um canil quase diretamente para a Casa Branca, não é, porém, o primeiro animal a ser resgatado pelo líder máximo dos EUA. Já em 1966, no dia de Ação de Graças, a filha de Lyndon B. Johnson, antigo Presidente norte-americano, tinha encontrado um cão rafeiro, ao qual foi dado o nome de Yuki, e ofereceu-o ao pai, um ano depois.

De acordo com Andrew Hager, historiador do Presidential Pet Museum (Museu Presidencial de Animais de Companhia), em Williamsburg, a escolha de Biden de adotar um cão de um abrigo reitera a ideia de que os animais na Casa Branca têm refletido as tendências históricas na tutoria de animais por parte dos americanos.

Entre os vários animais presidenciais já estiveram cabras, cavalos e até uma vaca que pastava no relvado. Os últimos DOTUS (“Dog of the United States”) a marcarem presença na residência oficial foram Bo e Sunny, os dois cães de água portugueses, do ex-Presidente Obama. Em janeiro, será a vez de dois pastores alemães ocuparem os relvados da Casa Branca.

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