Marcelo Rebelo de Sousa atribuiu esta condecoração durante uma sessão comemorativa do 40.º aniversário da União Geral dos Trabalhadores (UGT), na sede desta central sindical, em Lisboa, na qual também participou o ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, Vieira da Silva.
No seu discurso, o chefe de Estado declarou que "a UGT é daquelas instituições cujo protagonismo imprescindível terá de se ajustar aos novos desafios: modernização, antecipação, rejuvenescimento, ainda mais vigorosa presença da mulher, proximidade, discurso percetível e ágil, apelo a maior participação laboral e social".
Depois, observou que "o que há a fazer, e muito depressa, é tema para amanhã", porque "hoje é dia de festa" e agradeceu a todos os que fazem e fizeram parte da UGT "quatro décadas de serviço aos trabalhadores, à economia, à sociedade, à democracia, aos portugueses, a Portugal".
Perante o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, e outros dirigentes desta central sindical, Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou: "40 anos que merecem ser assinalados nesta instituição com a atribuição e a entrega das insígnias do título de membro honorário da Ordem do Infante D. Henrique, em nome de Portugal".
No início da sua intervenção, o Presidente da República falou da história da UGT, enaltecendo a sua "afirmação como parceiro social" e o seu "papel duplamente legitimador nos acordos de Concertação Social, com governos variados na composição e nas políticas - legitimador para os governos e o patronato e legitimador para a própria".
"Grandes coligações sindicais, também elas legitimadoras, preocupadas em não deixarem a outrem o exclusivo das causas ou dos momentos de luta. Feitos ainda e sobretudo da dedicação de milhares de trabalhadores", prosseguiu, referindo que nesta central sindical se conjugam "sensibilidades diferentes como a socialista, a social-democrata, a democrata-cristã e os muitos não partidários".
A Ordem do Infante D. Henrique destina-se a distinguir quem tiver "prestado serviços relevantes a Portugal, no país e no estrangeiro, assim como serviços na expansão da cultura portuguesa ou para conhecimento de Portugal, da sua história e dos seus valores".
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