A cidade do Porto foi hoje eliminada na votação no Conselho da União Europeia para escolher a futura sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA), que vai abandonar o Reino Unido devido ao ‘Brexit’, revelaram fontes europeias.
“Eu acho que a candidatura foi muito bem apresentada, mas as hipóteses, sempre achei que eram muito limitadas”, respondeu Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas à saída da conferência “O poder da Educação na conquista da Igualdade”, que decorreu esta tarde na Gulbenkian, em Lisboa.
Questionado sobre se o Governo esteve bem na gestão deste dossiê, o chefe de Estado considerou que o executivo “fez o que podia e devia ter feito no quadro existente, mas sabendo que havia grandes limitações”.
“Porque havia equilíbrios e que se tornaram mais evidentes pela saída de outras candidaturas que podiam ter feito uma dispersão de votos”, justificou.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, se tivesse sido Lisboa a candidata o desfecho seria igual, uma vez que “havia equilíbrios no quadro europeu em relação às várias agências que tornavam muitíssimo difícil à partida, quer para Lisboa quer para o Porto, a vitória”.
“Mas, fez-se o que se devia fazer. Não deu, não deu. Não é uma desilusão porque também nunca tive expectativas excessivas”, sublinhou.
Na primeira volta da votação para a sede da EMA, o Porto recolheu dez votos, tendo sido a sétima cidade mais votada, a par de Atenas, e atrás de Milão (25 votos), Amesterdão e Copenhaga (ambas com 20), Bratislava (15), Barcelona (13), Estocolmo (12).
Os outros candidatos que hoje se apresentaram a votos eram Bona (Alemanha), Lille (França) e Sófia (tiveram todas 3 votos); Viena (4), Bruxelas e Helsínquia (ambas com 5 votos); Bucareste e Varsóvia (7).
A EMA, cuja localização em Londres terá de mudar devido à saída do Reino Unido da UE, conta atualmente com 890 trabalhadores e recebe cerca de 35 mil representantes da indústria por ano.
A nova sede da Autoridade Bancária Europeia – com oito candidaturas – também é decidida na reunião de hoje, na qual Portugal está representado pela secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias.
Comentários