"A iniciativa é um protesto da sociedade civil contra a lei de autodeterminação de género na escola pública que, além de eliminar a segregação por sexo dos espaços de intimidade, como casas de banho e balneários, a favor do uso conforme o género “sentido” pelas crianças e jovens, promove “transições” sociais no seio da Escola, com o desconhecimento ou à revelia da família, e a consequente sinalização das famílias que não validam o género do menor às autoridades de proteção da criança", lê-se no comunicado enviado às redações.
Em contacto com o SAPO24, Gisela Sequeira, coordenadora da marcha, explicou um pouco melhor o que pretendem com esta manifestação silenciosa.
"Queremos, sobretudo, o direito ao contraditório, que os pais tenham esse direito, que não seja imposto por uma lei sem uma discussão com todos, com os pais. Estão a fazer-se coisas nas escolas que muitos pais não sabem, há encontros entre pessoas LGBTQ+ com os nossos filhos, nas escolas, e nós não sabemos a que associações pertencem, não temos qualquer tipo de informações, apenas que existem esses encontros. Estão a deixar os pais fora destes assuntos. Os pais têm todo o direito a saber o que se passa, não pode ser apenas pela base da imposição", salienta Gisela Siqueira.
Refira-se que esta lei foi vetada por Marcelo Rebelo de Sousa, que a devolveu à Assembleia para reapreciação. "Porém, e de acordo com deputados dos partidos responsáveis pela lei, já vimos que mantêm a intenção de concretizar a agenda do transhumanismo e da “estatalização” das crianças portuguesas. À luz do que já vemos acontecer em vários países que fizeram este caminho, a hora das famílias se levantarem e expressarem o seu desacordo é agora", diz Gisela Sequeira.
Numa ação coordenada pelo movimento “Acordai! Pelas nossas crianças”, e coorganizada por vários movimentos e iniciativas cívicas, Gisela Sequeira espera entre "1000 a 1500 pessoas", numa marcha que ocorre em simultâneo em Viana do Castelo, com ponto de encontro a partir das 14h15 na Praça da República; Braga, com ponto de encontro na Praça da República; Porto, com ponto de encontro na Rua de Santa Catarina; Lisboa, com ponto de encontro no Parque Eduardo VII; e Faro, com ponto de encontro no Tribunal de Faro/rotunda das flores).
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