“A Marinha [portuguesa] está presente, está disponível, aquilo que for preciso, continuaremos a fazer”, afirmou o comandante naval da Marinha Portuguesa, vice-almirante Nuno Chaves Ferreira.
Ferreira falava durante uma receção oferecida a bordo do navio patrulheiro oceânico português NRP Viana do Castelo, que está atracado no Porto de Maputo.
“O navio está aqui numa missão de cooperação com as Forças Armadas de Defesa de Moçambique, em particular com a marinha”, avançou.
“Esta cooperação só faz sentido, para nós, se for uma cooperação de duas vias, isto é: nós chegamos aqui com o navio, mostramos as nossas capacidades, disponibilizamos as nossas capacidades à Marinha de Moçambique, mas, ao mesmo tempo, ao embarcar os marinheiros moçambicanos, aprendemos o que eles sabem e o que eles nos têm a transmitir”, acrescentou Nuno Chaves Ferreira.
Ferreira realçou que os laços entre as Forças Armadas dos dois países vão perdurar, porque estão alicerçadas nos vínculos históricos, e as ameaças à paz e segurança já não são regionais, mas sim globais.
“Hoje em dia, já não podemos falar em conflitos meramente regionais, todos os conflitos, hoje em dia, têm uma repercussão global, por isso, tudo aquilo que possamos fazer em prol da paz e do bem-estar das populações deve ser feito”, sublinhou o comandante naval da Marinha Portuguesa.
A presença do NRP Viana do Castelo nas águas moçambicanas, prosseguiu, traduz o compromisso de Portugal com a cooperação para a segurança marítima dos países africanos, no geral, e da Comunidade dos Países Africanos de Língua Portuguesa (CPLP), em particular.
“Ao contrário do que, muitas das vezes, nós temos pensado, o mar não afasta as pessoas, o mar, para nós, para marinheiros, é um elemento de união e a presença deste navio de patrulha oceânica aqui representa isso mesmo”, enfatizou.
O embaixador de Portugal em Moçambique, António Costa Moura, assinalou que a atracagem do NRP Viana do Castelo no Porto de Maputo acentua a importância que os dois países atribuem à cooperação no domínio da defesa e segurança.
“É mais um testemunho da intensa relação bilateral no domínio da segurança e defesa”, declarou Moura.
Aquele diplomata assinalou que a presença do navio enquadra-se na iniciativa Mar Aberto, que compreende vetores como capacitação em matéria de segurança e combate a atividades ilícitas no mar.
Nesse prisma, continuou, aquele vaso de guerra vai visitar dez países, cinco dos quais da CPLP, para missões de capacitação e intercâmbio com a marinha dos estados parceiros, no quadro da cooperação para a defesa e segurança marítima.
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