A plataforma eleitoral Decide estimou hoje que 27 pessoas morreram na última semana, mais de metade em Maputo, nas manifestações contra os resultados das eleições moçambicanas de outubro, além de 39 baleados e 198 detidos.
Moçambique é um dos países onde a perseguição aos cristãos se intensificou desde junho de 2022, registando-se um aumento dos relatos de ataques de jihadistas contra comunidades cristãs, aponta o relatório "Perseguidos e Esquecidos?", da Fundação AIS.
O líder da oposição moçambicana pediu aos seus apoiantes três dias de luto, a partir de quarta-feira, pelas 50 pessoas que, segundo ele, foram mortas pelas forças de segurança durante as manifestações que se seguiram às contestadas eleições gerais de outubro.
O presidente do partido Revolução Democrática (RD), Vitalo Singano, dissidente da Renamo, está acusado de "conspiração" num crime de "alteração violenta do Estado de direito", que visa também o candidato presidencial Venâncio Mondlane, segundo a Procuradoria-Geral da República moçambicana.
O presidente Renamo, Ossufo Momade, principal partido da oposição de Moçambique, exigiu hoje a “anulação imediata” das eleições de 09 de outubro e a criação de um “governo provisório”, até que se façam novas eleições.
Pelo menos 25 pessoas morreram e outras 26 foram baleadas em cinco dias de manifestações de contestação dos resultados das eleições gerais em Moçambique, indica uma atualização da plataforma eleitoral Decide.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, apelou hoje à contenção por parte das autoridades moçambicanas e pediu que seja possível a "expressão das diversas opiniões".
Cerca de meia centena de pessoas manifestaram-se hoje em Lisboa pelos direitos do povo moçambicano e contra uma alegada fraude nas eleições de outubro, defendendo que "o momento da revolução de Moçambique chegou".
A plataforma eleitoral Decide estimou hoje que 22 pessoas morreram, mais de metade em Maputo, em três dias de manifestações de contestação aos resultados das eleições gerais moçambicanas de 09 de outubro, além de 23 baleados e 80 detidos.
Algumas dezenas de professores manifestaram-se hoje no centro de Maputo, de bata e com reivindicações da classe, exigindo justiça, mas a polícia ainda tentou travar a marcha com disparos de gás lacrimogéneo, após levar cinco docentes à esquadra.
A Missão de Observação Eleitoral da CPLP a Moçambique testemunhou contagem errada de votos e indícios de eleitores que votaram várias vezes, "condicionando negativamente a transparência e credibilidade do processo", segundo o relatório final a que Lusa teve acesso.
Pelo menos 11 pessoas morreram e outras 16 foram baleadas desde quarta-feira em três províncias moçambicanas nas manifestações de contestação de resultados das eleições gerais de 09 de outubro em Moçambique, indica a plataforma eleitoral Decide.
O consulado-geral de Portugal em Maputo apelou hoje a "cuidados de segurança redobrados" dos cidadãos portugueses nos próximos dias, face à convocação de novas manifestações pós-eleitorais na capital até sexta-feira.
O candidato presidencial Venâncio Mondlane apelou hoje a um novo período de manifestações nacionais em Moçambique, durante três dias, a partir de quarta-feira, em todas as capitais provinciais, contestando o processo eleitoral.
Pelo menos cinco pessoas morreram, 38 foram baleadas e 164 detidas em Moçambique em 07 de novembro, último dia da terceira fase das manifestações convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, divulgou hoje a ONG moçambicana Plataforma Eleitoral Decide.
O Centro de Integridade Pública (CIP), uma organização não-governamental, estima que Moçambique perdeu 24,5 mil milhões de meticais (360 milhões de euros) em dez dias de paralisações de contestação dos resultados eleitorais de 9 de outubro.
Populares de Mapate, na província moçambicana de Cabo Delgado, relataram hoje à Lusa que dois homens da aldeia foram decapitados nos últimos dias por alegados grupos de terroristas.
O ministro dos Transportes e Comunicações moçambicano admitiu hoje que as restrições à internet, sobretudo nas redes sociais, resultou da própria ação dos operadores, para que não fosse utilizada para "destruir" o país, no contexto das manifestações pós-eleitorais.
Pelo menos quatro autocarros municipais, seis viaturas particulares e dois tratores foram destruídos nos últimos dias em Maputo, nas violentas manifestações pós-eleitorais na capital, bem como edifícios públicos, revelou hoje o autarca da capital moçambicana, Razaque Manhique.
O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Lutero Simango, um dos quatro candidatos presidenciais às eleições de outubro, exigiu hoje uma recontagem dos votos ou a repetição da votação, como formas de repor a "justiça eleitoral".
O candidato presidencial moçambicano Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados anunciados das eleições gerais de 09 de outubro em Moçambique, anunciou hoje que as manifestações de protesto são para manter até que seja reposta a verdade eleitoral.
O Consulado-Geral de Portugal em Maputo criou um grupo na rede social Whatsapp "para disponibilizar um canal de comunicação direta adicional", tendo em conta a "atual situação de instabilidade" em Moçambique, disse hoje à Lusa fonte diplomática.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse hoje acompanhar "com preocupação" a situação no terreno em Moçambique, país palco de intensas manifestações para contestar os resultados das eleições gerais, e garantiu esforços diplomáticos de Portugal para retorno à calma.
Maputo vive hoje um cenário de caos, com pilhagens, manifestantes pró-Venâncio Mondlane a colocarem pneus a arder nas avenidas principais, intransitáveis, perante um fumo negro cobre parte da cidade, entre consecutivos estouros de granadas de gás lacrimogéneo.