Fundador do PS na década de 70, quando a ditadura ainda pautava os dias em Portugal, os primeiros passos de Mário Soares na política foram dados aos 19 anos, quando aderiu, na clandestinidade, ao Partido Comunista Português (PCP), em 1944. Foi nessa altura que conheceu o líder histórico do PCP, Álvaro Cunhal, então jovem dirigente comunista e que lhe deu explicações.

Dois anos depois, em Agosto de 1946, foi pela primeira vez preso pela PIDE. Cinquenta anos depois, numa entrevista, confessou que a prisão foi a sua “segunda universidade”.

Já licenciado em Ciências Históricas-Filosóficas e Direito, na Universidade de Lisboa, desligou-se do PCP e aderiu à Resistência Republicana e Socialista, que pretendia construir uma alternativa de esquerda não comunista.

Como advogado, defendeu presos políticos e representou a família de Humberto Delgado nas investigações que provaram a responsabilidade da PIDE no assassínio do “general sem medo”.