A estimativa, que foi comunicada à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR), resulta de "um levantamento exaustivo dos danos e prejuízos causados pela tempestade" que assolou este concelho do distrito de Coimbra e grande parte da região Centro do país.
"Mais de 40 colaboradores da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, todos os presidentes de Junta e as suas equipas, voluntários e particulares fizeram uma recolha exaustiva diretamente junto dos lesados", explica o presidente do município, Emílio Torrão, em nota enviada hoje à agência Lusa.
O autarca agradece "o esforço de todas estas pessoas que voluntariamente colaboraram nesta tarefa ciclópica", uma tarefa tornada ainda mais difícil pelos "apertados prazos" impostos pela CCDR para a realização de um primeiro levantamento dos danos provocados pela tempestade.
Emílio Torrão faz votos agora de que o Governo "dê uma resposta" às pessoas afetadas. "Espero que todo este trabalho não tenha sido em vão e que todas as expectativas criadas nas pessoas não sejam frustradas", avisa.
Desde domingo, dia em que o concelho foi visitado pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, foram recolhidos mais de 1.500 processos. Os prejuízos em habitações permanentes, unidades económicas, equipamentos associativos, recreativos, desportivos e IPSS e de infraestruturas e equipamentos municipais foram avaliados em 11.292.395 euros.
A este montante junta-se a estimativa de dez milhões de euros de prejuízos sofridos pelos agricultores do concelho, segundo uma levantamento que está a ser conduzido pela Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, com o apoio da autarquia. Como este levantamento está ainda a decorrer no Baixo Mondego, admite-se que o montante dos prejuízos participados venha ainda a aumentar.
A autarquia relembra que, na segunda-feira, o secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira, anunciou, em Montemor-o-Velho, a atribuição de apoios a fundo perdido no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural PDR2020 para infraestruturas, instalações e equipamentos agrícolas e também para perdas em animais e culturas permanentes.
Em relação às culturas anuais, o governante informou que os danos estão cobertos pelo Sistema de Seguros de Colheitas, financiado pelo Ministério da Agricultura a 60%, relembra a autarquia.
Neste contexto, Emílio Torrão aconselha os munícipes "a acionarem os seguros de imediato, a fazerem prova fotográfica de todos os danos, sendo certo que nenhum apoio seria concedido a entidades ou a pessoas que estejam cobertas pelo seguro ou onde exista necessidade de seguro obrigatório".
O autarca deixa uma promessa: "Da minha parte, tudo farei para que o concelho de Montemor-o-Velho não seja esquecido nestas horas difíceis".
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