O jornal dá conta que a decisão foi confirmada no mês passado pelo Tribunal da Relação do Porto por um crime de homicídio por negligência grosseira.

Este caso aconteceu a 7 de maio de 2017 quando João Fernandes se deslocou ao centro de saúde com tosse, dor de cabeça e febre, recorda o JN. Após observá-lo, a médica, sem consultar os registos ou a ficha clínica do jovem, prescreveu Aspegic, um medicamento que está contraindicado a doentes asmáticos, como era o caso de João, que frequentava a unidade de saúde por este problema de saúde.

Depois de lhe ser administrado o medicamento por via intravenosa, o jovem entrou em paragem cardiorrespiratória e foi transferido para o Hospital de São João, em coma induzido, onde veio a morrer, uma semana depois, a 15 de maio. A autópsia não excluiu uma eventual reação anafilática, diz a publicação.

A médica natural da Guiné-Bissau, mas a residir em Portugal desde 1999, foi condenada em 2023 pelo Tribunal de Arouca a três anos de prisão, porém a pena foi substituída pela proibição de exercício de funções por quatro anos. Entretanto, a defesa recorreu para a Relação do Porto, sem sucesso, ficando a decisão agora confirmada.