Segundo a organização, as equipas médicas transportavam três pacientes com ferimentos de bala para um hospital seu na segunda-feira, quando foram parados pelas autoridades e forçados a dirigirem-se para um hospital público, avança a BBC.
Ao chegarem ao local, as autoridades atacaram o veículo, rasgando os pneus e forçando os ocupantes a saírem, usando gás lacrimogéneo.
Os pacientes feridos foram levados para o hospital, onde "pelo menos dois deles foram executados", disseram os MSF.
Não se sabe ao certo a condição do terceiro paciente, mas a equipa médica que seguia na ambulância afirma que foi agredida no incidente por "polícias e membros de um grupo de autodefesa".
Segundo os Médicos Sem Fronteiras, a equipa foi "violentamente atacada, insultada, atingida com gás lacrimogéneo, ameaçada de morte" e mantida refém durante mais de quatro horas.
"O ato é uma demonstração chocante de violência e coloca seriamente em questão a capacidade dos MSF continuarem a prestar cuidados essenciais ao povo haitiano", disse Christophe Garnier, chefe de missão do grupo no país.
Esta é uma das únicas organizações humanitárias não governamentais (ONGs) que ainda operam no Haiti.
Desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse, em 2021, que gangues armados controlam várias áreas do país, o que provocou o aumento da violência nas ruas.
De acordo com a ONU, desde janeiro, mais de 3.600 pessoas foram mortas e mais de 500.000 tiveram de deixar as suas casas.
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