A universidade foi palco este ano de protestos estudantis que culminaram com agentes da polícia, munidos de escudos antimotim, a invadirem um edifício ocupado por manifestantes pró-palestinianos. Protestos semelhantes ocorreram em universidades de todo o país.
A demissão de Minouche Shafik aconteceu poucos dias depois de a universidade ter confirmado o afastamento de três reitores que, de acordo com as autoridades, teriam trocado mensagens de texto depreciativas durante uma discussão no 'campus' sobre a vida judaica e o antissemitismo.
Shafik afirmou numa carta de 08 de julho dirigida à comunidade escolar que as mensagens não eram profissionais e “tocavam de forma perturbadora em antigos estereótipos antissemitas”.
A presidente figurou na lista de dirigentes universitários chamados ao Congresso no início deste ano, sendo fortemente criticada pelos republicanos que a acusaram de não fazer o suficiente para combater as preocupações com o antissemitismo na Columbia.
A reitora anunciou a demissão numa carta enviada por correio eletrónico à comunidade universitária poucas semanas antes do início das aulas, a 03 de setembro.
Na carta, Shafik anunciou “progressos numa série de áreas importantes”, mas lamentou que o mandato tivesse sido também um “período de turbulência em que foi difícil ultrapassar pontos de vista divergentes".
Na declaração, reconheceu que os protestos na instituição contribuíram para a decisão de se demitir.
“Este período teve um impacto considerável na minha família, tal como noutras pessoas da comunidade”, escreveu Shafik.
“Durante o verão, tive a oportunidade de refletir e decidi que a minha mudança nesta altura seria a melhor forma de permitir à Columbia enfrentar os desafios que se avizinham”, continuou.
O conselho de curadores anunciou que Katrina Armstrong, diretora executiva do centro médico Irving da Universidade de Columbia, concordou ser presidente interina.
“É a líder certa para este momento”, considerou o conselho.
Armstrong, por sua vez, disse estar “profundamente honrada” por liderar a universidade num “momento crucial”.
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