Markle celebrou a sua vitória e manifestou a esperança de que a decisão mude a indústria da imprensa tabloide..
"Esta é uma vitória para mim, mas também para qualquer um que tenha sentido medo de defender o que é justo", reagiu a norte-americana em comunicado.
Expressando a sua "desilusão" com esta decisão do Tribunal de Recurso de Londres de rejeitar o seu recurso contra uma condenação por violação da intimidade, a editora do Mail on Sunday - o grupo Associated Newspapers Limited (ANL) - afirmou que tem a intenção de recorrer ao Supremo Tribunal.
O grupo já tinha entrado com um recurso nos Reais Tribunais de Justiça de Londres contra uma condenação de fevereiro devido à publicação de uma carta de Meghan, "manifestamente excessiva e, consequentemente, ilegal".
"O recurso será rejeitado", anunciou nesta quinta-feira o juiz à editora do Mail on Sunday. O tribunal "mantém a decisão segundo a qual a duquesa poderia esperar razoavelmente que a sua vida privada fosse respeitada", acrescentou o tribunal.
Após a decisão da corte de juízes, Markle disse que "o mais importante é que agora sejamos coletivamente corajosos o suficiente para remodelar uma indústria sensacionalista que incentiva as pessoas a serem cruéis e tira proveito das mentiras e dor que causam".
A ex-atriz, de 40 anos, entrou com ações judiciais contra a ANL, editora do jornal Daily Mail, a sua versão dominical Mail on Sunday e o site Mail Online, por publicarem trechos de uma carta enviada ao controverso Thomas Markle, de 76 anos.
A carta foi escrita em agosto de 2018, poucos meses depois de Meghan se casar com o príncipe Harry, neto de Isabel II. Na carta, a duquesa pedia ao pai que parasse de fazer afirmações falsas à imprensa.
O Mail on Sunday foi condenado a informar a sua derrota judicial na primeira página e a sua editora teve de pagar 450.000 libras esterlinas (cerca de 530 mil euros) à duquesa de Sussex.
No entanto, no início da audiência de recurso, a editora afirmou que a carta em questão foi escrita com a consciência de que poderia ser publicada. O Mail on Sunday quer provar que Markle procurava influenciar a opinião pública.
Para apoiar os seus argumentos, o Mail on Sunday apresentou o depoimento de Jason Knauf, ex-secretário de comunicações do casal. O ex-assistente afirmou que o esboço da carta foi escrito levando em conta "a possibilidade da revelação" à imprensa.
Meghan refutou essa afirmação, dizendo que não acredita que o seu pai iria divulgar a carta. Era apenas uma "possibilidade", disse.
Os advogados de Meghan negaram que a duquesa tivesse a intenção de torná-la pública a dado momento, ou que tenha colaborado com os autores da biografia "Finding Freedom", como afirmou Knauf. O livro relata o distanciamento do casal com a monarquia britânica.
Por outro lado, Meghan admitiu ter participado na elaboração do livro — o que ela e seu marido negavam até então — e pediu desculpa por ter induzido o tribunal em erro ao não ter especificado o facto em primeira instância.
Há muito em divergência com a restante família real britânica, Meghan e Harry deixaram as suas funções reais em março do ano passado e agora moram na Califórnia, nos EUA. O casal iniciou uma série de ações judiciais contra a imprensa alegando invasão de intimidade.
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