Segundo o presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Diversão (APED), Luís Fernandes, os manifestantes tiveram a garantia de que vão ser recebidos pelas 16:00 pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade.
"Há quatro anos que estamos à espera que a situação se resolva e hoje estamos aqui com bancos e sentados, sem fazer barulho. Vamos ver se é hoje que tudo fica resolvido", disse Luís Fernandes à Lusa.
Os empresários da diversão itinerante (como carrosséis) realizaram em novembro de 2016 um conjunto de protestos que duraram três dias, além de outras iniciativas nos últimos anos.
Entre as medidas de apoio à atividade, pretendem voltar a ter alvarás de cultura que lhes permitam descer o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) de 23% para 13%.
O objetivo é a aplicação da resolução 80/2013, aprovada por todos os partidos políticos no parlamento, publicada em Diário da República e que "recomenda ao Governo o estudo e a tomada de medidas específicas de apoio à sustentabilidade e valorização da atividade das empresas itinerantes de diversão".
“Somos civilizados e pacíficos, temos dado uma lição ao país de que toda a gente tem direito ao trabalho e à indignação. Tenho confiança em que hoje às quatro da tarde, neste local, nos serão passadas medidas”, avançou o responsável, considerando haver policiamento a mais no local do protesto (onde estavam oito carrinhas da polícia).
Luis Fernandes sublinhou ainda a importância de se acabar com a “instabilidade e ansiedade” dos empresários, que já são atualmente “menos de metade” do que eram há alguns anos.
A APED mantém-se na expetativa de que que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa, tenham “pensado em alternativas e tenham posto as pessoas competentes a tratá-las”, não fazendo tábua rasa das reivindicações.
O responsável reiterou ainda que os carrosséis podem não participar na Feira de Março, em Aveiro, se hoje não houver alguma resposta por parte da tutela.
“Neste momento o presidente da Câmara de Aveiro está muito preocupado porque a sua Feira de Março começa daqui a várias semanas e já tornámos público que não temos condições para prestar serviços”, afirmou, adiantando que todos os anos os empresários pagam um total de cerca de 140 mil euros, entre impostos e licenças.
No seu entender, há que inverter a situação, ou seja, serem os empresários pagos para participar nos eventos e abrirem ao público gratuitamente.
“Somos o único interveniente que paga para estar, queremos receber como recebem os artistas, as iluminações, as tendas, também queremos ser parte integrante do evento”, disse.
Os associados da APED dirigiram-se também para uma sessão pública da Câmara de Lisboa sobre a nova feira popular, no Capitólio e, da parte da tarde, cerca das 14:00, vão juntar-se numa nova concentração junto ao Ministério das Finanças.
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