Numa visita ao Banco Alimentar Contra a Fome, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa apelou a que os portugueses possam ajudar “meio milhão de pessoas e milhares de instituições pelo país” que “precisam deste apoio permanentemente, independentemente de haver ou não tragédias”.
O Presidente da República elogiou a generosidade dos portugueses este ano, que ajudaram como puderam as populações atingidas pelos fogos de junho e de outubro (que provocaram a morte a mais de 100 pessoas), e pediu para “não se esqueceram das centenas de milhar de portugueses que vivem todos os dias em pobreza e que precisam de não ser esquecidos”.
Mais de 40 mil voluntários vão estar a partir de hoje em supermercados de todo o país a pedir às pessoas que contribuam para a próxima campanha do Banco Alimentar Contra a Fome, destinada a apoiar 420 mil pessoas.
“É bom saber que ainda há desejos que podemos tornar realidade” é o tema deste ano da campanha, que vai decorrer até domingo em mais de 2.000 supermercados e hipermercados de todo o país, segundo o Banco Alimentar Contra a Fome (BACF).
Um estudo realizado pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica Portuguesa, em parceria com o Banco Alimentar e a Entrajuda, revela que 67% das famílias apoiadas por instituições de solidariedade têm rendimentos mensais líquidos inferiores a 500 euros.
Quase metade das 1.465 famílias inquiridas no final de 2016 tem crianças e jovens a cargo, acrescenta.
“É muito importante não nos esquecermos que, no dia-a-dia, ainda há pessoas que precisam de ajuda para comer, principalmente numa altura como o Natal, onde ter a família reunida à volta de uma mesa é um desejo que nos cabe a nós concretizar”, afirmou a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, Isabel Jonet.
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