O México propôs esta sexta-feira, na ONU, conversações de paz com a Rússia e a Ucrânia no âmbito das Nações Unidas e que as mesmas sejam organizadas pela Índia e o Vaticano. Mas Kiev não vê com agrado a proposta.
Na semana passada, de acordo com a Associated Press (AP), um assessor do presidente Zelensky acusou Andrés López Obrador de aproveitar a situação na Ucrânia para se aproximar da Rússia.
"O seu plano é manter milhões sob ocupação, aumentar o número de enterros em massa e dar à Rússia tempo para renovar as reservas antes da próxima ofensiva?", escreveu o assessor Mykhailo Podolyak.
O México condenou a invasão da Rússia à Ucrânia, mas também sustentou que as sanções contra Moscovo e os carregamentos de armas para a Ucrânia só pioraram o conflito.
O ministro dos Negócios Exteriores do México, Marcelo Ebrard, criticou o Conselho de Segurança da ONU, na quinta-feira, por não ter conseguido evitar e parar o conflito.
"Não podemos fechar a porta ao diálogo político ou à negociação diplomática", disse Ebrard. "As tensões internacionais atuais não serão resolvidas pela força."
Apesar das críticas pelo executivo ucraniano, o México mantém que fará o que for necessário para ajudar a organizar as referidas conversações, mas acha que a ONU e outros devem assumir a liderança nas conversações de paz.
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