“O Governo português manifestou a sua disponibilidade para acolher até 100 pessoas provenientes desse campo num esforço conjunto da União Europeia para apoiarmos a Grécia”, disse à Lusa o chefe da diplomacia portuguesa.
Augusto Santos Silva apontou que é necessário um trabalho dos “europeus em conjunto” para que as condições de acolhimento de refugiados e requerentes de asilo “possam melhorar”.
“Essa não é apenas nem sobretudo uma responsabilidade grega, é uma responsabilidade de todos nós”, disse, acrescentando que Portugal teve de se “mobilizar de imediato para apoiar a Grécia neste momento muito difícil”.
Augusto Santos Silva falou à margem da tomada de posse de Cristina Moniz para o cargo de vice-presidente do Conselho Diretivo do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, uma cerimónia realizada esta tarde, na sede do instituto, em Lisboa.
As infraestruturas do campo de refugiados de Moria ficaram destruídas na sequência de um enorme incêndio.
A Alemanha confirmou hoje que vai acolher 1.553 refugiados provenientes da Grécia, depois de um acordo firmado entre a chanceler do país, Angela Merkel, e o ministro alemão do Interior, Horst Seehofer.
Na semana passada, o próprio Seehofer anunciou que Alemanha e França acordaram em receber um grupo de 400 menores de Moria, sendo que a Alemanha receberia entre 100 e 150.
Este acordo consiste em que o resto seja transferido para outros oito países europeus - Finlândia, Luxemburgo, Holanda, Eslovénia, Croácia, Portugal e Bélgica, mais a extracomunitária Suíça - que também o aceitaram.
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