Horas depois do ataque, Washington admitiu a autoria. "Este bombardeamento foi um ato de legítima defesa. Nenhum civil ficou ferido e nenhuma infraestrutura ou instalação foi danificada", afirmou uma porta-voz militar norte-americana.
O vice-comandante de Operações de Bagdad, Mushtaq Talib Al Saidi, "caiu mártir num ataque norte-americano", anunciou o movimento Al Nujaba, uma das facções da coligação.
Segundo um encarregado do grupo que não se quis identificar, o ataque foi cometido com drones e teve como alvo um centro de apoio logístico do Hashd Al Shaabi no leste de Bagdad, capital do Iraque. "Dois membros [do Hashd Al Shaabi] foram mortos, e outros sete ficaram feridos", acrescentou.
O governo iraquiano acusou a coligação internacional antijihadista estacionada no país pelo ataque e classificou o episódio como "agressão", segundo um comunicado.
O Hashd Al Shaabi (Unidades de Mobilização Popular) reúne ex-paramilitares xiitas próximos do Irão que agora estão integrados nas forças regulares iraquianas.
O grupo foi alvo de vários bombardeamentos no Iraque nas últimas semanas, alguns reivindicados pelos Estados Unidos.
Desde 7 de outubro, quando a guerra entre Israel e o movimento islamista palestiniano Hamas começou na Faixa de Gaza, as tropas americanas e as da coligação internacional antijihadista posicionadas no Iraque e na Síria têm sido alvo de ataques quase diários com drones e foguetes.
A maioria desses ataques foi reivindicada por grupos relacionados ao Hashd Al Shaabi que se opõem ao apoio dos Estados Unidos a Israel.
Washington contabilizou mais de 100 ataques contra as suas forças na Síria e no Iraque desde meados de outubro.
O país mantém cerca de 2.500 soldados no Iraque e 900 na Síria como parte da coligação internacional criada para combater o grupo Estado Islâmico em 2014.
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