“Com a operação de hoje, fica concluída a expulsão de 10.260 mineiros ilegais no monumento ancestral [parque nacional] Yapacana”, escreveu o comandante estratégico operacional da Força Armada Nacional Bolivariana da Venezuela, Domingo Hernández Lárez, na rede social X, antigo Twitter, citado pela agência EFE.
Lárez referiu que a Força Armada Nacional Bolivariana da Venezuela está no estado do Amazonas (na fronteira com a Colômbia e o Brasil) “a exercer a soberania nacional”, através “da conservação ambiental”, sem revelar detalhes sobre o destino para onde serão enviadas as pessoas expulsas da região.
O comandante recordou os direitos as comunidades indígenas que habitam estes territórios, mencionando que “em caso algum serão permitidas atividades que desnaturalizem ou causem danos irreversíveis a estas zonas especialmente protegidas”.
De acordo com a Força Armada Nacional Bolivariana da Venezuela, as pessoas abandonam o local “de forma voluntária” e repeitando uma ordem do presidente Nicolas Maduro, que pediu àquela instituição militar para acabar com o garimpo ilegal na Amazónia, atividade à qual se dedicam cerca de 10 mil pessoas, de acordo com os seus cálculos.
No sábado, as Forças Armadas venezuelanas anunciaram ter destruído oito minas e mais de 350 estruturas improvisadas usadas pelos mineiros no parque de Yapacana, no estado de Amazonas, na fronteira com o Brasil e a Colômbia.
De acordo com uma mensagem publicada pelos militares na rede social X, foram retirados do parque, no sábado, "mais de 950 mineiros ilegais" que seriam oriundos do departamento colombiano de Guainia.
Já na sexta-feira, o balanço das forças armadas contabilizava mais de 9.000 pessoas expulsas desde 01 de julho deste ano da região amazónica por mineração ilegal.
O governo de Caracas prepara um plano de reflorestação das zonas afetadas pela mineração ilegal, especialmente por causa da poluição com mercúrio, que os mineradores usam para separar o ouro do solo, e comprometeu-se a expulsar todas as pessoas que se dedicam àquela atividade.
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